Conforme o levantamento do portal, o tucano fez 23 promessas, mas não cumpriu 12, entre as quais estão concurso público para contratar professores e médicos, ampliar o número de policiais na fronteira, acabar com o déficit habitacional, criar o Programa Saúde dentro de Casa, construir o hospital de Corumbá e ativar o Hospital do Trauma de Campo Grande.
O G1 foi bondoso com o governador no levantamento. A equipe colocou como promessa cumprida em parte a redução na carga tributária, apesar do aumento de 40% no IPVA (de 2,5% para 3,5%), de triplicar o ITCD e de ter reduzido o ICMS de 17% para 12% sobre o óleo diesel por apenas seis meses.
Na campanha, o governador prometeu pagar o piso dos professores definido em lei pelo antecessor, André Puccinelli (PMDB). Eleito, recusou-se a cumprir a lei e obrigou a categoria a postergar o pagamento do piso nacional para a jornada de 20horas. Para o G1, ele cumpriu este item.
Reinaldo propôs, na campanha, construir presídios por meio de parcerias público-privadas e colocar presos para trabalhar na indústria. Três anos depois, não conseguiu concluir as obras de três presídios iniciadas na gestão de André na Capital. Nenhuma obra foi realizada por meio de PPP. Neste item, surgiu como “cumpriu em parte”.
No geral, considerando-se as promessas cumpridas e não cumpridas, Reinaldo ficou com 47,82%, o terceiro pior resultado no País. Ele ficou atrás do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB),do Rio de Janeiro, atolado em denúncias de corrupção e sem dinheiro até para pagar o 13º dos servidores de 2016, que cumpriu 44,11%.
O líder do ranking é o petista Tião Viana (PT), do Acre, que cumpriu míseros 16%.
Já o melhor no ranking nacional, que cumpriu 91,89% das promessas, é Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão.
A crise não pode ser usada como justificativa por Reinaldo Azambuja, porque 20 governadores conseguiram cumprir mais da metade do que prometeram na campanha de 2014 em três anos.
Só o tucano e mais seis não conseguiram tirar do papel metade das propostas.
Com as contas públicas no vermelho, Mato Grosso do Sul corre o risco da irresponsabilidade fiscal, com o governador impopular e acuado por denúncias de corrupção, abrir o cofre para garantir a reeleição e, consequentemente, o foro privilegiado em 2019.
fonte: O Jacare