“Entre todos os pré-candidatos ao governo, o Juiz Odilon, sem sombra de dúvida, é aquele que mais se identifica com a nossa proposta de combater, sem trégua, a corrupção, que sangra o erário público e rouba a riqueza de Mato Grosso do Sul e do Brasil. Fazemos oposição clara às práticas corruptas e às nefastas consequências que a corrupção gera para a sociedade brasileira, inclusive na reforma agrária e a habitação popular”, afirmou Adonis Marcos, presidente da LCU-BR.
Emocionado, o pré-candidato do PDT agradeceu o apoio e lembrou da infância e da adolescência, vividas em um assentamento no município de Jaciara, no Mato Grosso.
“Conheço as dificuldades dos trabalhadores porque minha origem é a mesma de vocês. Eu vim do pó da terra. Minha família passava fome no Nordeste até que nós aceitamos o convite de um tio para buscar a sobrevivência na nova fronteira agrícola que nos anos 1950 se abria na Região Centro-Oeste. Assim, meus pais e seus quatro filhos – eu com 5 anos de idade – viemos de Exu, Pernambuco, no lombo de um pau-de-arara, durante 16 dias, comendo farinha com banana e água, para chegar ao Mato Grosso, onde trabalhei na roça até os 17 anos. Com essa idade, fui matriculado numa escola agrícola próxima à Cuiabá. Ali, concluí o ensino básico e o médio. Depois , vim para Campo Grande fazer faculdade, sendo aprovado, anos mais tarde, em concursos para Procurador do Estado, Juiz de Direito e finalmente Juiz Federal por 31 anos. Me considero um homem vitorioso, capaz de superar adversidades, mas jamais vou esquecer do meu passado de extrema pobreza e de toda a sabedoria que aprendi com o homem do campo”, relatou Odilon, arrancando aplausos dos presentes.
Dirigentes da entidade, que representa cerca de 1.500 famílias de trabalhadores de Campo Grande, Sidrolândia, Terenos, Dois Irmãos do Buriti e Rio Brilhante, entregaram ao pré-candidato uma carta de apoio com uma série de reinvindicações, entre elas a criação de um fator gerador de recursos para o Fundo de Regularização de Terras (Funter) e que esse fundo possa também ser utilizado na aquisição de áreas para a implantação de novos assentamentos, a ampliação dos programas habitacionais estaduais, entre eles o lote urbanizado, a identificação de áreas públicas de propriedade do Estado que possam ser destinadas à reforma agrária e a criação de uma Assessoria Especial, subordinada diretamente à Secretaria de Governo, para mediar os conflitos pela posse da terra em Mato Grosso do Sul.
“São propostas extremamente pertinentes que examinarei com carinho”, garantiu o Juiz Odilon. Quando se combate a corrupção com rigor, fechando os ralos por onde escorre o dinheiro público, sobram recursos para investir em saúde, segurança, educação, a aquisição de terras para assentar os pequenos agricultores e, além disso, garantir assistência técnica aos assentados, que assim poderão produzir mais e melhor. Tudo isso sem entrar em confronto com os grandes produtores, cujos direitos também precisam ser preservados”, finalizou Odilon.
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