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André supera prisão e reage em pesquisa; Reinaldo fica com 9% na Capital

Domingo, 22 Abril 2018 17:18

Ex-governador conseguiu recuperar popularidade e supera tucano nas pesquisas (Foto: Arquivo)

André Puccinelli (MDB) está com o discurso pronto para disputar o governo pela terceira vez. Nesta semana, o emedebista conseguiu superar o desgaste causado pela prisão, decretada pela Justiça Federal em novembro passado, mostrou reação nas pesquisas e ainda desfalcou a base de Reinaldo Azambuja (PSDB), que tem o controle da máquina administrativa. Odilon de Oliveira (PDT) segue com a mesma perspectiva.

Alvo da primeira denúncia na Operação Lama Asfáltica, que apura o suposto desvio de R$ 142 milhões dos cofres públicos, Puccinelli conseguiu mostrar força no atual cenário. Duas pesquisas divulgadas neste mês atestam a reação do presidente regional do MDB.

Na primeira pesquisa do Vox Populi, encomendada pela Fiems, aliada da gestão tucana, Puccinelli aparece em segundo lugar na estimulada, com 23%, atrás de Odilon, com 30%, mas bem na frente de Reinaldo, com míseros 9% na Capital.

Maior colégio eleitoral e fundamental na eleição do governador, Campo Grande é o primeiro indicativo de quem está em condições de ganhar o pleito. Reinaldo tem o mesmo percentual de Nelsinho Trad (PTB), com 7%, que já propagou ser candidato ao Senado. Ricardo Ayache (PSB) fica com 2%.

Na espontânea, André lidera com 12%, contra 10% de Odilon e 5% de Reinaldo. Os demais candidatos somam 2%. A grande maioria dos eleitores, 51%, não escolheu o seu candidato a governador.

No fechamento da janela partidária, entidade aliada publica pesquisa péssima para tucano

A pesquisa Ranking, que fez a sondagem de alcance estadual, aponta Odilon na frente, seguido por André e Reinaldo. No levantamento anterior, o emedebista estava em terceiro. Agora, trocou de posição com o tucano.

Com a abertura de janela partidária, Puccinelli conseguiu desfalcar a base de Azambuja. O deputado estadual George Takimoto trocou o PDT pelo MDB. Ele não seguiu o caminho de outros colegas, como Felipe Orro e Beto Pereira, que migraram para o PSDB.

O PSB, que deve apoiar a candidatura de Puccinelli a governador, ganhou a filiação de Elizeu Dionízio. Fiel ao presidente Michel Temer (MDB) e Reinaldo, o parlamentar trocou de partido para apoiar o emedebista.

O apoio do PSB ao ex-governador fez o ex-prefeito de Dourados, Murilo Zauith sair da sigla e se filiar ao DEM. Ele já foi vice-governador no primeiro mandato de André, mas pode abrir via alternativa na sucessão estadual.

O governador ganhou apoio estratégico para tentar reverter a falta de apoio em Campo Grande: a família Trad.  Nelsinho Trad (PTB) pode disputar o senado na chapa de Azambuja e carrear o apoio dos irmãos ao tucano, o prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), e o deputado federal Fábio Trad (PSD).

O único problema é que Nelsinho, líder na disputa da vaga de senador, não conseguiu transferir o prestígio na primeira tentativa. Em 2012, ele não conseguiu eleger Edson Giroto, que perdeu no segundo turno para Alcides Bernal (PP), que concorreu sozinho, em chapa pura e contra todos.

Odilon segue na dianteira e com perspectiva de crescimento, considerando-se que a avaliação positiva chega a 71%, mais que o dobro dos principais adversários, e baixa rejeição.

Pesquisa revela que Odilon é o candidato com maior perspectiva de crescimento na disputa eleitoral em Campo Grande

Os mais apressados poderiam apontar queda do pedetista nas intenções de voto, mas as pesquisas não permitem comparação por causa da mudança nos critérios. A Vox Populi, por exemplo, incluiu Nelsinho, que não deve disputar o Governo e alcança 7%. A Ranking ampliou o alcance do levantamento de 17 municípios para todo o Estado, o que não permite o comparativo.

A esperança é que o Ipems, contratada para divulgar o levantamento pelo Correio do Estado, divulgue os números. No entanto, o empresário Antônio João Hugo Rodrigues, que deverá disputar uma vaga de deputado estadual na chapa de Puccinelli, ainda não achou “oportuno” divulgar as sondagens feitas apenas para consumo interno.

Como a eleição só deverá ocorrer em outubro, muita especulação, feita com o objetivo de confundir o eleitor, vai virar fumaça.

Governador obteve só 9% em pesquisa de intenção de voto em Campo Grande apesar do gasto com publicidade (Foto: Arquivo)

 
 

 

fonte: O jacaré

 

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