Justiça de Penápolis condena 18 em ação contra o PCC; penas somam 228 anos de prisão
Sábado, 17 Agosto 2019 11:27Maioria foi presa em operação conjunta entre o Gaeco e a Polícia Militar em Penápolis, Birigui e Araçatuba
A Justiça de Penápolis (SP) condenou nesta sexta-feira (16), 18 réus em ação contra integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios brasileiros.
Grande parte deles foi presa em operação realizada em conjunto entre o Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público de Araçatuba, e a Polícia Militar, em 8 de março de 2018, em Penápolis, Birigui e Araçatuba.
Os 18 réus foram denunciados por integrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Alguns deles foram absolvidos de alguns desses crimes, mas as penas somadas chegam a 228 anos, 8 meses e 17 dias de prisão.
A sentença, que tem mais de 540 páginas, foi proferida pelo juiz da 1ª Vara de Penápolis, Marcelo Yukio Misaka. Nela consta que com o grupo criminoso foram apreendidos 203,5 quilos de maconha, 1,127 quilo de cocaína, 370 gramas de crack e 90 gramas de pasta base de cocaína.
Distribuição
Na época, o então promotor do Gaeco, Marcelo Sorrentino Neira, informou que a operação foi resultado de nove meses de investigação, a qual apontou que diversos traficantes de drogas, integrantes do PCC, estavam atuando em Araçatuba, Birigui e Penápolis, de forma coordenada, para a distribuição de entorpecentes.
Durante a investigação três adolescentes foram apreendidos. Já na operação, deflagrada em 8 de março para cumprir 18 mandados judiciais de prisão temporária e 25 de busca e apreensão expedidos pela 1.ª Vara do Fórum de Penápolis, 15 pessoas foram presas.
Três dos réus que tiveram as prisões decretadas pela Justiça não foram localizadas, mas vários aparelhos de celular, documentos e entorpecentes foram apreendidos.
Aumento
O Gaeco iniciou a investigação após receber ofício da Polícia Militar, em abril de 2017, relatando o aumento dos casos de tráfico de entorpecentes, principalmente em Araçatuba, Birigui e Penápolis, praticados por integrantes da facção criminosa.
Segundo Neira, foi constatado que alguns dos investigados estavam exercendo funções relevantes na facção na região de Araçatuba, inclusive pessoas consideradas lideranças regionais do PCC.
Elas seriam responsáveis pelo controle do entorpecente que chegava à região para ser distribuído, pela parte financeira da facção e pela comunicação feita dentro ou fora dos presídios.
Confira a relação dos réus e as penas de cada um deles:
WILSON EVANGELISTA RODRIGUES: 26 anos, 6 meses e 26 dias de reclusão em regime fechado
NAIM DUARTE INÁCIO: 19 anos, 8 meses e 7 dias de reclusão em regime fechado
ROGÉRIO BARBOS APACHE: 18 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado
ALEX CAMILO TUZZI: 17 anos, 4 meses e 18 dias de reclusão em regime fechado
ANDRESA RENATA CARLA DE OLIVEIRA GOTTARDI: 17 anos e 5 dias de reclusão em regime fechado
LUIZ ANTONIO DE OLIVEIRA: 17 anos e 22 dias de reclusão em regime fechado
SILVIO RODRIGUES DE SOUZA: 17 anos e 5 dias de reclusão em regime fechado
LUAN ARRUDA DE SOUZA: 14 anos e 22 dias de reclusão em regime fechado
HUDSON FABRICIO ANTUNES FERREIRA: 10 anos, 11 meses e 7 dias de reclusão em regime fechado
ODNEY OTTANI FONSECA: 10 anos, 5 meses e 29 dias de reclusão em regime fechado
VANDER ALFENES DOS SANTOS: 9 anos, 3 meses e 10 dias de prisão em regime fechado
CLAUDINEI SOARES: 9 anos de reclusão em regime fechado
RENAN WILLIAN OLIVEIRA MURARI: 9 anos, 3 meses e 10 dias de reclusão em regime fechado
PEDRO HENRIQUE PEREIRA: 8 anos, 5 meses e 7 dias de reclusão em regime fechado
FLÁVIA GIMENEZ KULAIF: 8 anos, 5 meses e 7 dias de reclusão em regime fechado
PEDRO HENRIQUE ALVES GONÇALVES: 8 anos, 5 meses e 7 dias de reclusão em regime fechado
NAYARA CAROLINI DA SILVA: 3 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão em regime semiaberto
DIEGO DA SILVA FRAMESCHI: 3 anos e 6 meses de reclusão em regime semiaberto
fonte: Hoje Mais Araçatuba
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