Santa Casa de Birigui destitui gestor Jurídico
Quinta, 30 Janeiro 2025 00:00Havia sido nomeado pela prefeita Samanta Borini em 2 de janeiro e permaneceu menos de um mês no cargo
A direção da Santa Casa de Birigui (SP) destituiu o advogado Paulo Eduardo Rocha Fornari do cargo de Gestor Jurídico do hospital, que está sob intervenção da Prefeitura desde fevereiro de 2022. Ele havia sido nomeado pela prefeita Samanta Borini (PSD) em 2 de janeiro e permaneceu menos de um mês no cargo.
O decreto de destituição foi publicado na terça-feira (28), assinado pela prefeita, porém, tem efeito retroativo a partir de 17 de janeiro. Procurada, a assessoria de imprensa da Santa Casa de Birigui informou que a destituição de Fornari do cargo ocorreu por questões organizacionais do hospital.
Também na terça-feira, a assessoria de imprensa da Santa Casa de Birigui divulgou nota informando que o Jurídico do hospital tentará na Justiça o desbloqueio das contas da instituição, que ainda seria em consequência da Operação Raio-X.
Deflagrada em setembro de 2020 pela Polícia Civil de Araçatuba, a investigação resultou na condenação de dezenas de réus por desvios de dinheiro público da área da Saúde.
Desvios de dinheiro
Segundo a investigação, a OSS (Organização Social de Saúde) Santa Casa de Misericórdia de Birigui era uma das entidades utilizadas pelo médico anestesista Cleudson Garcia Montali para assinar contratos de gestão utilizados para os desvios de dinheiro.
Em nota, o interventor do hospital, Fernando Gonçalves Silva, argumenta que o CNPJ matriz da Santa Casa ficou corrompido em decorrência da operação policial. “Devido às ações judiciais que recaíram sobre a matriz e filiais, a Justiça bloqueou as contas e todo e qualquer valor que entra nelas é automaticamente bloqueado” , afirma.
Valores
Ainda de acordo com o que foi divulgado, os valores bloqueados atualmente somam R$ 713 mil. Os bloqueios são consequência de ações cível e trabalhistas. Há valores bloqueados da Campanha Água da Vida, de repasses de ICMS, de subvenção repassada pela Prefeitura e de recursos próprios.
O interventor argumenta que com esse dinheiro seria possível quitar dívidas com prestadores de serviço, que somam quase R$ 530 mil. Entretanto, as pendências financeiras chegam a R$ 1,8 milhão, incluindo impostos da folha de pagamento e plantões médicos referentes a dezembro de 2024 e janeiro deste ano.
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