Polícia Civil de Birigui prende casal por tráfico e apreende maconha e cocaína

Quarta, 29 Janeiro 2025 18:41

 

Casa teria sido comprada exclusivamente para guardar drogas (Foto: Divulgação)
 
 

Droga estava em casa próxima à dos acusados, que era vigiada por câmeras e teria sido comprada para esconder os entorpecentes

  

A Polícia Civil de Birigui (SP) prendeu na manhã desta quarta-feira (22), um casal morador no residencial Portal da Pérola 2, acusado de tráfico de drogas. Havia denúncia de que os investigados utilizariam uma casa próxima da qual residem para esconder o entorpecente que comercializavam e, nesse imóvel, foi encontrada grande quantidade de maconha e cocaína.

O flagrante aconteceu durante operação realizada por três equipes da Polícia Civil, para dar cumprimento a mandados de busca e apreensão em três residências na rua Ataíde Gajardoni. Segundo o que foi informado, o casal passou a ser investigado após denúncia de que teria alugado a casa vizinha à qual residia, para guardar o entorpecente que comercializava.

Ainda de acordo com a denúncia, essa casa seria vigiada por câmeras 24 horas e o responsável pelo imóvel inclusive teria câmeras direcionadas para um bar na avenida Afif José Abdo, que faz esquina com o esse imóvel, para monitorar quando a polícia estivesse presente.

A denúncia apontava ainda que um morador em outra casa na mesma rua também seria responsável por vigiar a residência desabitada, que serviria como esconderijo do entorpecente.

Indícios

Diante das informações, um investigador foi designado para fazer o levantamento de campo e identificação dos investigados, tendo confirmado que o casal estaria utilizando essa residência desabitada para armazenamento da droga. O outro morador também foi identificado como sendo o suposto vigia, por isso, foi representado pelos mandados de busca para os três imóveis.

Na casa desse suposto vigia do entorpecente nada de irregular foi encontrado e ele negou qualquer envolvimento com o tráfico de drogas, porém, confirmou que o casal investigado utilizaria o referido imóvel desabitado para guardar drogas e que faria isso há cerca de um ano.

Casal

Na residência do casal também não foi localizado nada de irregular, porém, havia sete celulares e em um deles, estava habilitada a câmera de segurança que filmava o bar da esquina, conforme descrito na denúncia.

A mulher estava com um dos celulares e recusava entregá-lo aos policiais, sendo necessário ser retirado das mãos dela. Nesse aparelho, de acordo com a polícia, mesmo bloqueado, era possível ver na tela de bloqueio, diversas notificações da chegada de transferências do tipo Pix de valores baixos, o que segundo a polícia, seriam referentes a venda de drogas.

Na residência do casal havia uma câmera de monitoramento direcionada para a casa que seria utilizada como depósito de drogas e não a frente do próprio imóvel, que seria o habitual.

Droga que foi encontrada em casa que teria sido comprada exclusivamente para o tráfico (Foto: Divulgação)
 
Drogas

Enquanto estava abordando os investigados, a equipe foi informada que outros policiais haviam encontrado grande quantidade de entorpecentes na casa que seria utilizada para guardar drogas.

Segundo o que foi informado, na parte da frente dessa residência havia 416 pedaços de maconha, 283 porções de crack e 775 pinos com cocaína, além de R$ 742,05 em dinheiro. Junto havia peneiras, raladores, pratos e vasilhas com resquícios de droga, facas, isqueiros e material para fracionar entorpecentes. Havia ainda cartões bancários de pessoas diversas e isqueiros.

Já dentro da casa os policiais localizaram mais nove tijolos de maconha, 452 porções da mesma droga em tamanhos variados, dois pedaços de cocaína em pedra e uma pedra de crack. 

Negaram

Todo material encontrado foi recolhido e levado para a delegacia, onde o casal e o outro investigado também foram apresentados. O casal foi ouvido na presença de uma advogada e negou o tráfico de drogas, alegando não saber quem seria o responsável pela casa onde foram encontrados os entorpecentes.

Sobre as câmeras de monitoramento, a mulher afirmou que são giratórias e teriam como finalidade vigiar a própria residência contra furtos. Com relação às transferências por Pix encontradas no celular, ela alegou que emprestou a conta para uma irmã dela, que é manicure, receber os pagamentos das clientes.

A mesma versão foi apresentada pelo companheiro dela, que afirmou desconhecer quem seria o dono do imóvel onde a droga foi encontrada, mas suspeitava que seria de um rapaz que teria sido preso recentemente, pois já o teria visto no local, mas não o conhece.

Presos

A ocorrência foi presidida pelo delegado Eduardo Lima de Paula, que apesar das versões apresentadas, decidiu pela decretação da prisão em flagrante do casal. Ele considerou haver indícios de que os investigados não apenas fazem uso do tráfico de drogas como meio de vida, mas buscaram tomar medidas para prejudicar eventual abordagem policial. 

“Eles não mantinham na sua própria residência qualquer petrecho ou droga, vez que já foram alvo de buscas anteriores. Ocorre que a diligência inesperada flagrou comprovantes de recebimento Pix de algumas das vendas recentes, bem como confirmou a existência até mesmo de câmeras direcionadas a acompanhar a movimentação na avenida principal do bairro” , argumenta.

Diante disso, a autoridade também representou pela conversão da prisão em preventiva e os dois permaneceram à disposição da Justiça para serem apresentados em audiência de custódia. Eles devem ser indiciados por tráfico e associação ao tráfico de drogas.

Com relação ao terceiro investigado, no momento a polícia considerou não terem sido identificados elementos que o relacionassem diretamente ao crime investigado ou associação aos outros acusados. Assim, após ser ouvido ele foi liberado, mas o inquérito será instaurado para dar sequência às investigações.

 
 
FONTE: HOJE MAIS 

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