Prefeitura de Andradina não reforma barracão de reciclagem queimado, mas gasta quase R$ 200 mil com rotatória

Segunda, 02 Outubro 2023 10:07

“são 4 meses que Câmara de Andradina repassou R$ 230 mil para ajuda a entidade e dinheiro não foi investido”.

 

Mais um capítulo da triste realidade dos recicladores de resíduos sólidos de Andradina estão sendo escritos no enredo da descompromissada administração do prefeito de Andradina, Mário Celso Lopes. Já são 4 meses após o incêndio nas dependências do barracão da usina de reciclagem, ocorrido dia 25 de maio e nada foi feito por parte do poder público municipal para devolver às instalações aos trabalhadores andradinenses.

 

 
“barracão queimado em 25 de maio não foi reformado pela Prefeitura, que recebeu R$ 230 mil de devolução da Câmara”

No dia 29 de maio, após o sinistro, o presidente da Câmara de Andradina, Helton Rodrigo Prando – Coxinha, ao lado de outros vereadores, anunciou a devolução de R$ 230 mil do orçamento do legislativo, para que o executivo efetivasse a reforma das instalação gerenciadas pela Cooperandra (Cooperativa de Trabalho de Reciclagem de Resíduos Sólidos, Semi Sólidos e Derivados de Andradina).

 
 
“recicladores estão provisoriamente em menor espaço que carece de ventilação e tamanho reduzido comparando com o local consumido pelo sinistro”

Mas ao longo desses meses, a Prefeitura de Andradina, por ter realocado os trabalhadores em uma outra estrutura, com menor espaço e infraestrutura, vai empurrando o caso com a “barriga”, ou melhor, com direcionamento de verba pública para cumprir os anseios do chefe do executivo municipal, em dar maior infraestrutura em seus empreendimentos, como o caso da rotatório a menos de 50 metros do trevo da avenida Guanaraba, que serão gastos R$ 178 mil na obra.

O espaço cedido pelo poder público municipal, é bem menos ventilado, com o teto de zinco bem mais baixo que o anterior, e nestes dias de calor excessivo, não resta outra alternativa aos recicladores a não ser continuar trabalhando em situação insalubre.

Nos bastidores, correm boatos que ao menos um membro do poder legislativo e do executivo, estariam articulando a fundação de outra entidade congênere, para pleitear o contrato da coleta seletiva e usina de reciclagem.

Hoje a Prefeitura repassa pouco mais de R$ 16,8 mil mensais de subvenção a Cooperandra, cujo contrato vence em novembro, mais segundo informações, outra entidade, mesmo sem acervo para disputar a verba que hoje beneficia diretamente 35 pessoas de Andradina, seria a selecionada pelo poder público municipal, com repasses mensais superiores aos despendidos atualmente.

 
 

Procurado por nossa reportagem se haveria alguma previsão para a realização das obras de reforma ou reconstrução do barracão da reciclagem, o secretário municipal de Obras de Andradina, Geraldo Pilla não deu retorno até o fechamento desta matéria.

 

Nos corredores do Paço Municipal, os boatos são que a Prefeitura de Andradina estaria conversando com outras empresas de fora de Andradina para assumir a coleta seletiva, que hoje é coletada pela Conservita Gestão Ambiental e a reciclagem que é feito por cooperados da Cooperandra.

Mas a medida de substituição planejado pelo prefeito de Andradina e sua assessoria deverá ganhar novos contornos nos próximos dias, minando a tentativa de direcionamento de licitação. O secretário de Governo de Andradina, Ernesto Júnior também não se posicionou sobre a situação da reforma do barracão da usina de reciclagem.

Na Câmara de Andradina, mesmo com o investimento dos R$ 230 mil liberados pela Câmara de Andradina a exatos 120 dias, o assunto não é mais pautado com frequência.

 
 

O barracão havia sido construído com recursos da cooperativa à época por R$ 70 mil. Com o sinistro, além do prejuízo com às instalações, os trabalhadores estimam outro prejuízo de R$ 60 mil em materiais reciclados, além do maquinários que também se perdeu nas chamas.

Recentemente, a Prefeitura de Andradina licitou a reforma de uma esteira e uma prensa que custará R$ 57 mil.

Na época, a administração municipal liberou 2 cestas básicas para cada trabalhador e auxílio emergencial de R$ 500,00 por 3 meses e um cartão de compra de R$ 150,00 em parcela única, mas a ajuda foi insuficiente, pois os recicladores estão tendo diminuição dos ganhos em praticamente R$ 600,00 por mês, devido falta de espaço para processar mais materiais reciclados.

Nos dias do incêndio, os trabalhadores receberam naquele período veio do Supermercado Big Mart, doando 40 cestas e uma geladeira e um fogão do Sicredi e cestas do Sindicato dos Servidores Municipais. As prensas e esteiras que o cooperativa possuía, foram doados por campanhas do Rotary e uma de cada era comodato da Prefeitura.

 

FONTE: HOJE MAIS 

 

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