Cada um receberá em média 40 salários mínimos e entrarão na lista para futuramente terem acesso ao valor restante a que têm direito. Isso ocorrerá depois que todos os demais foram atendidos nessa primeira fase.
Esse mês, no entanto, a prioridade serão apenas os servidores vivos, que representam uma minoria, já que o Banco do Brasil decidiu seguir normativas que dificultam a liberação aos herdeiros dos beneficiados.
“Por determinação da Justiça do Trabalho estávamos qualificando todos os herdeiros e efetuando os pagamentos, mas nesse último lote tivemos que paralisar e viabilizar apenas dos beneficiários vivos”, explica Marco Antônio Alves, o Marquinho, presidente do sindicato.
De acordo com ele, ao menos 1,2 mil servidores [vivos e mortos] ainda constam na lista e nesse bojo há uma ordem prioritária que envolve portadores de doenças graves e servidores acima de 60 anos – neste último caso a grande maioria. Outros 300 receberam ano passado.
“Hoje, o que mais dificulta a liberação desse dinheiro é a falta de entendimento entre o BB e a Vara do Trabalho, que norteia o caminho mais rápido, mas o banco exige a qualificação, dentro de processo, de todos falecidos. Com isso muita gente ficará sem receber porque não reúne condições financeiras para arcar com inventários e outras despesas”, avalia Marquinhos.
Segundo o presidente, “a juíza do Trabalho está atuando da forma correta, evitando burocracia e dificuldades para os herdeiros dos servidores, mas vamos reunir as duas instituições para tentar encontrar uma forma de acelerar esse processo”.
Os valores liberados aos vivos deverão ser disponibilizados ao sindicato para que a entidade execute a transferência direta aos beneficiados. Apesar da determinação da Justiça do Trabalho, Marquinho afirma que o BB chegou a descumpri-la recentemente.
“Espero que não recue novamente e que consigamos liberar esse lote de cerca de 250 pessoas, totalizando recursos da ordem de R$ 11 milhões que poderão ser injetados na economia local. Cerca de R$ 800 mil já foram pagos desse montante e nesta segunda-feira a Justiça do Trabalho autorizou para 150 pessoas, comprovadamente, vivas e cujos CPFs não foram cancelados”, comenta Marquinhos.
FONTE: JORNAL IMPACTO ONLINE