Criança de 2 anos é envolvida em apreensões de final de semana em presídios

Quarta, 20 Setembro 2017 21:55

A menor, acompanhada da mãe, trazia no intestino 03 baterias cilíndricas que seriam inseridas na Penitenciária de Junqueirópolis

Neste final de semana (26 e 27 de agosto), 11 estabelecimentos prisionais subordinados a Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado (Croeste) frustraram a inserção de objetos ilícitos que chegariam às mãos de sentenciados. As tentativas de driblar a segurança foram barradas durante os procedimentos de revista. Entre várias ocorrências, uma criança de apenas 02 anos, acompanhada da mãe, trazia no intestino 03 baterias cilíndricas que seriam entregues ao companheiro da mulher que cumpre pena na Penitenciária de Junqueirópolis.

Vale lembrar que os visitantes flagrados são excluídos do rol de visitas e levados à Delegacia de Polícia mais próxima, sem prejuízo de responderem na esfera criminal. Também é instaurado Procedimento Disciplinar para apurar a cumplicidade dos presos que receberiam os materiais podendo, ainda, ser instaurados Procedimentos de Apuração Preliminar para apurar supostas responsabilidades funcionais.

Sábado (26 de agosto)

Penitenciária de Junqueirópolis – Uma menina de dois anos passava pelo detector de metais quando este acionou. Ao indagarem a mãe da menor, que já havia passado pela revista e aguardava a filha, esta não soube informar o porquê do acionamento do aparelho. Foi sugerido à mulher, e consentido, que a criança fosse encaminhada ao Pronto Atendimento Municipal para a realização de Raio-X, onde constatou-se a presença de 03 (três) objetos metálicos no intestino da paciente. Enquanto aguardavam atendimento médico, a menina solicitou à mãe para ir ao banheiro, vindo a evacuar 03 (três) baterias em formato cilíndrico de aproximadamente 8 mm cada. Mesmo assim, a mãe nada explicou sobre o fato, sendo prontamente suspensa do rol de visitas. O sentenciado envolvido foi encaminhado ao Pavilhão Disciplinar enquanto a mãe, a criança e os objetos para a Delegacia de Polícia.

Centro de Progressão Penitenciária de Valparaíso – Durante o procedimento padrão de revista, ao passar pelo detector de metais, a visitante L.C.S. foi surpreendida com o apito do equipamento, mesmo após repetir a ação. Questionada, retirou um invólucro voluntariamente do órgão genital. Ao ser aberto, o embrulho continha em seu interior 01 (um) aparelho de telefonia móvel e um teclado sobressalente. As providências administrativas foram tomadas e o sentenciado envolvido encaminhado para cela disciplinar onde aguarda decisão da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Araçatuba para possível regressão ao regime fechado.

Penitenciária de Lucélia – Agentes de Segurança Penitenciária perceberam, durante o procedimento de revista, que a visita M.T.O. trazia algo oculto no órgão genital. Após ser questionada, a mulher retirou do corpo um invólucro com vários saquinhos plásticos contendo tinta com cores variadas, 02 (duas) esferas de vidro e 22 (vinte e dois) comprimidos, aparentando ser estimulante sexual. Ela e o material foram encaminhados por policiais militares à Delegacia de Polícia. Os policias ainda fizeram uma diligência na pousada onde a visita estava hospedada, na cidade de Pracinha, onde encontraram maconha, cocaína e dinheiro, dando voz de prisão à mulher.

Penitenciária “João Batista de Santana” de Riolândia – Duas mulheres que visitariam os companheiros na unidade prisional foram impedidas de entrar no presídio e encaminhadas à Delegacia de Polícia. No sábado, uma delas tinha introduzido no órgão genital uma porção de cocaína. No domingo, outra visita trazia, nos mesmos moldes, uma porção de maconha, 04 (quatro) chips, 02 (dois) dois fones de ouvido e 1m de fio. Os materiais foram descobertos durante os procedimentos de revista.

Penitenciária “Luis Aparecido Fernandes” de Lavínia – Ao sentar no detector de metais conhecido como “banquinho”, a companheira do sentenciado M.E.R não teve como impedir o acionamento sonoro do aparelho, por mais de uma vez, confessando que trazia algo inserido no corpo. A mulher então retirou do órgão sexual um invólucro com um aparelho de telefonia móvel, sem chip, sendo posteriormente encaminhada à delegacia para as providências pertinentes e excluída do rol de visitas. Já o sentenciado responderá a Procedimento Disciplinar.

Penitenciária “Maurício Henrique Guimarães Pereira” de Presidente Venceslau – Ao revistar uma sacola de alimentos, trazida pela irmã de um sentenciado, os agentes de segurança penitenciária encontraram no meio de um bolo 03 (três) retrós de linha de costura e 02 (dois) invólucros contendo massa epóxi. A mulher foi suspensa do rol de visitas e o sentenciado levado ao Pavilhão Disciplinar para as providências cabíveis.

Domingo (27 de agosto)

Penitenciária de Flórida Paulista – Duas mulheres tentaram entrar na unidade com 01 (um) aparelho celular cada (sem chip e sem bateria) e porções de substâncias esverdeadas análogas à maconha, inseridos no órgão genital, sendo os materiais encontrados no momento em que as visitantes passavam pelo detector de metais do tipo “portal” e do tipo “banquinho”. Por este motivo, foi instaurado Procedimento Disciplinar para os sentenciados que seriam visitados. As visitas, com os objetos apreendidos, foram encaminhadas à Delegacia de Polícia e poderão responder na esfera criminal, além de serem suspensas por dois anos do rol de visitas.

Penitenciária “Tacyan Menezes de Lucena” de Martinópolis – Durante a revista para adentrar na unidade, agentes de segurança penitenciária localizaram 02 (duas) baterias de aparelhos micro celulares nas vestes da esposa de um sentenciado e, em meio a alimentos trazidos por outra visita, acharam 02 (dois) fones de ouvido desmontados. Sabendo que estes são objetos proibidos nos estabelecimentos prisionais, os materiais foram apreendidos e as visitantes suspensas do rol de visitas.

Penitenciária de Valparaíso – Ao revistar manualmente a sacola de alimentos e pertences trazida pela visitante A.C.B.S, companheira de um sentenciado da unidade, funcionários da penitenciária encontraram 02 (dois) fones de ouvido. Na mesma ocasião, outra visita foi surpreendida ao passar pelo detector de metais, que acabou revelando que na genitália da mulher havia 02 (duas) placas de telefone celular e 01 (um) chip. Foram tomadas as medidas administrativas cabíveis.

Penitenciária “Vereador Frederico Geometti” de Lavínia – Após ter sido surpreendida pelo apito do detector de metais, a companheira do sentenciado C.P.S.B não teve como esconder que portava algo ilícito em sua genitália. Em ambiente apropriado, retirou do corpo e entregou aos agentes 01 (um) aparelho celular. A mulher foi encaminhada à Delegacia de Polícia onde foi lavrado Boletim de Ocorrência e o sentenciado levado para o Pavilhão Disciplinar para apuração dos fatos.

Penitenciária “Asp Paulo Guimarães” de Lavínia – Neste domingo, ao passar pelo detector de metal do tipo “portal”, a companheira de um sentenciado acabou acionando o aparelho, o que indicava que trazia consigo algo metálico. No entanto, a mulher negou veementemente, mas concordou, em seguida, a se submeter a um Raio-X no Hospital Estadual de Mirandópolis. O exame acusou a presença de um invólucro oculto na genitália da visita onde estava acondicionado 20m de fio paralelo de 1,5mm. Segundo ela, o material serviria para carregar aparelho celular no pavilhão. No dia anterior, outra visita já havia sido flagrada pelo detector de metais quando tentava entrar no local com 01 (um) aparelho celular oculto no órgão genital, cujo feito lhe renderia mil reais. Em ambos os casos, as mulheres foram encaminhadas à Delegacia de Polícia e suspensas do rol de visitas.

Penitenciária de Pracinha – Quando tentava adentrar à unidade, a visitante P.M.S.L negou portar qualquer material ilícito, mesmo após o acionamento do detector de metais. Sendo assim, foi encaminhada à Santa Casa de Adamantina com escolta militar e submetida a exame de Raio-X, o qual constatou a existência de um corpo estranho em seu aparelho genital, sobre o qual alegava se tratar de DIU. Diante dos fatos, a médica informou que realizaria um exame ginecológico, pedindo que a mulher retirasse a roupa em local privado. Enquanto se despia, a visita tentou esconder nas roupas algo que estava em suas mãos sendo, de imediato, abordada por uma agente de segurança penitenciária que a acompanhava, a qual constatou que se tratava de um invólucro retirado da genitália. A visita foi então novamente submetida a exame de Raio-X, onde já não mais se verificava o objeto registrado anteriormente, o que provou os fatos. No interior do material havia: 02 (dois) micro aparelhos celulares, 02 (duas) porções de massa epóxi, 02 (dois) comprimidos de cor amarela, 02 (dois) pedaços de fio de estanho e 02 (dois) pedaços de fio de eletrônica. A mulher foi conduzida à delegacia local, onde foi lavrado Boletim de Ocorrência, além de suspensa do rol de visitas. Já o sentenciado envolvido foi encaminhado ao Pavilhão Disciplinar para apuração dos fatos.

 

fonte: Croeste

 

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