O TopMídiaNews apurou que chover virou sinônimo de prejuízo, dor e risco em Três Lagoas e, na maioria das vezes, é a parte mais pobre da cidade que sofre com as consequências.
A enchente mais forte e a mais recente ocorreu em dezembro de 2019. A água invadiu casas e levou transtornos a pelo menos dez bairros da cidade, com 121 mil habitantes. Um dos pontos críticos foi o cruzamento da Eloy Chaves com a Antônio Estevam Leal, no Paranapungá.
Moradores reclamam das enchentes. (Foto: Tatiana Simon - JP News)
Conforme os moradores, a Vila Haro e o Parque São Carlos viraram um ''rio''. Uma mulher, que não será identificada, contou que o problema da chuva ocorre enquanto ela cai, mas depois também, por causa da água que fica empoçada nas vias.
''Verdade. Ontem [12/12] presenciei [enchente] na Rua Yamaguti . Cada vez que passavam, a enxurrada entrava nas casas, lojas, padaria. Um verdadeiro horror'', contou. Mais irritado, outro contribuinte refletiu:
''Toda chuva é a mesma coisa, as mesmas notícias, já fazem quantos anos isso?. A cidade arrecada milhões, não entendo'', desabafou um homem.
Ciclistas ilhados em Três Lagoas após chuva forte. (Reprodução Vídeo JP News)
Prioridade
Moradores que se manifestaram em relação às enchentes não percebem o setor como uma prioridade do prefeito Guerreiro e cobram providências. Um internauta usou de ironia para criticar gastos com colocação de enfeites de aves nas avenidas da cidade.
''A cidade não precisa de drenagem não, vamos botar 'ararinhas' nas avenidas. Não é uma crítica a gestão atual não, todos os candidatos nas eleições prometem a mesma coisa quando eleitos fazem o quê? querem é que a população se lasque'', criticou.
''Isso é uma vergonha, esse prefeito fica enfeitando a cidade com boi e vaca em vez de pegar esse dinheiro e fazer as obras de drenagem'', reclamou.
Outra chuvas tão intensas como as do dia 12 de dezembro ocorreram em 20 de fevereiro do ano passado, em 21 de outubro e 9 de janeiro de 2018.
Resposta
A prefeitura de Três Lagoas informou que, para resolver o problema das enchentes, executa, entre outras ações, obras de drenagem superficial na cidade. Porém, o destaque fica por conta do programa de Macrodrenagem e Recuperação Ambiental.
Nesse projeto, o executivo tenta viabilizar, junto ao Banco CAF, 50 milhões de dólares para aplicar em obras de drenagem nos principais pontos de alagamento na cidade.
No site da prefeitura, há uma linha do tempo para acompanhar o cronograma da obra. A previsão atual é que os trabalhos comecem no segundo semestre deste ano.
No mesmo site, a prefeitura disponibiliza um mapa com indicativo dos principais pontos de alagamento na cidade e junto deles a indicação dos pontos públicos de apoio em casos de transtornos.
FONTE: TOP MIDIA NEWS
