A ação ocorre simultaneamente em oito estados da federação brasileira: Amazonas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Faz parte de uma mobilização da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, por intermédio do Laboratório de Operações Cibernéticas – CIBERLAB, SENASP/Ministério da Justiça e Segurança Pública, para intensificar o combate às fraudes no país.
A fraude, ocorrida em 15 de julho de 2024, consistiu no acesso indevido ao sistema de TI da empresa, resultando na realização de mais de 300 transações fraudulentas.
Na primeira fase da operação, o hacker responsável pelo acesso ao sistema foi identificado e preso preventivamente.
As investigações iniciais obtiveram sucesso no bloqueio de aproximadamente US$ 40.000,00 em criptoativos pertencentes ao autor, na apreensão de um veículo avaliado em cerca de R$ 120.000,00 e no bloqueio judicial de até R$ 4,5 milhões. Adicionalmente, logo após a detecção da fraude, aproximadamente R$ 1,5 milhão foram recuperados por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED) e outros procedimentos similares.
A segunda fase da “Operação Ghosthunters” concentra-se na identificação e responsabilização de outros possíveis coautores e dos chamados “conteiros”, indivíduos que viabilizaram o recebimento dos valores desviados em suas respectivas contas bancárias, objetivando, assim, ocultar a origem ilícita dos valores provenientes da fraude.
Foram expedidos 23 mandados de prisão temporária e 04 de busca e apreensão domiciliar, e foram cumpridos pelas Polícias Civis daqueles Estados, em 15 municípios: Rio Preto da Eva/AM, Salvador/BA, Caucaia/CE, Caruaru/PE, Belo Horizonte/MG, Betim/MG, São Francisco do Sul/SC, São Bernardo do Campo/SP, Colorado/PR, Ponta Grossa/PR, Santa Helena/PR, Bauru/SP, Cubatão/SP, Itu/SP e Valparaíso/SP.
Os criminosos são investigados pelos crimes de Furto mediante fraude praticado por meio eletrônico/informático (art. 155, §4-B do Código Penal), associação criminosa (Art. 288 do Código Penal) e lavagem dinheiro (lei 9613/1998), cujas penas podem atingir até 21 anos de prisão e multa.
As Polícias Civis e o Ministério da Justiça e Segurança Pública reiteram seu compromisso no combate a crimes cibernéticos e na proteção do sistema financeiro, buscando a completa elucidação dos fatos e a responsabilização de todos os envolvidos neste esquema criminoso.
OPERAÇÃO GHOSTHUNTERS
“Ghost hunters” em inglês significa “caçadores de fantasmas”. No contexto policial, o termo faz referência à atuação das Polícias Civis na identificação e prisão de criminosos que praticam fraudes virtuais, por meio de identidades ocultas, e realizam transações financeiras digitais (como criptoativos), ou à própria natureza invisível dos crimes cibernéticos.
Por Valparaiso, a equipe da 1ª DIG/DEIC Araçatuba realizou a capturo de um indivíduo de 26 anos, que seria “conteiro” do grupo criminoso, tendo propriedade de dezenas de contas e bancária e chaves pix que promovia viabilizacao material dos golpes. Apresentado no plantão Policial de Araçatuba para cumprimento do mandado de prisão temporária expedido por Santa Catarina, e posteriormente será encaminhado para cadeia pública de Penápolis onde permanecerá a disposição da Justiça.