Tragédia em Andradina: ataque de abelhas deixa dezenas de feridos e uma vítima fatal no Jardim Europa

Segunda, 07 Abril 2025 13:42

Daniela Bazaglia Pereira da Silva morreu ao ser picada por abelhas em Andradina (SP) — Foto: Arquivo pessoal

 
 

Hojemais conversou com especialistas em apicultura da cidade que deram dicas de como proceder num ataque de abelhas

 

Um trágico ataque de abelhas no fim da tarde deste sábado (5) deixou dezenas de pessoas feridas e causou a morte de uma mulher de 42 anos no bairro Jardim Europa, em Andradina. O caso ocorreu nas imediações das ruas Grécia, Bélgica e Lisboa, onde o pânico se espalhou rapidamente entre os moradores.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e enfrentou dificuldades para localizar o enxame responsável pelo ataque, o que dificultou o controle imediato da situação. Segundo relatos, a intensidade da ação das abelhas surpreendeu a todos, atingindo pessoas em um raio de até cinco quarteirões.

 A vítima fatal chegou a ser socorrida, mas não resistiu às múltiplas ferroadas, principalmente na região da cabeça, onde o risco de choque anafilático é maior. Várias outras vítimas foram encaminhadas ao hospital com sintomas variados, como inchaço, dificuldade respiratória e dores intensas.
Bombeiros foram acionados para conter enxame de abelhas em Andradina (SP) — Foto: Arquivo pessoal

Em conversa com especialistas em apicultura de Andradina, a zootecnista Dra. Cássia Gomes e a estudante de Medicina Veterinária Mariana Avelar explicaram que as abelhas não atacam sem motivo. “Elas se defendem. Este ataque provavelmente foi desencadeado por algum distúrbio próximo à colmeia. Pode ter sido algum barulho, movimento brusco ou mesmo uma tentativa de retirada do ninho”, alertou a zootecnista.

As especialistas destacam a importância da conscientização da população quanto ao comportamento desses animais. “Elas são instintivas e extremamente perigosas quando sentem que seu habitat está ameaçado. Quando decidem se defender, fazem isso com toda a força, e o raio de perseguição pode chegar a 500 metros. Após isso, o número de abelhas que seguem diminuem, mas algumas seguem até o fim”, explicou Mariana.

Sobre o que fazer em casos de ataque, a orientação é direta: “Corra. Corra como se sua vida dependesse disso, porque depende, sem gritar e sem se debater, só correr.” Em locais abertos, a recomendação é fugir em linha reta e procurar abrigo. Correr em zigue-zague só é eficiente quando há obstáculos como árvores ou construções, que ajudam a dispersar o cheiro que atrai as abelhas.

As ferroadas podem ser fatais, principalmente se atingirem a cabeça ou se a vítima for alérgica. Em casos graves, pode haver choque anafilático e necessidade de socorro imediato.

A principal lição deixada por essa tragédia é clara: jamais mexa em colmeias. Assim como qualquer outro animal, as abelhas têm instintos de defesa. Provocar um enxame é o mesmo que “cutucar onça com vara curta”.

Ao identificarem colmeias em áreas urbanas, os moradores devem acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros, evitando qualquer tentativa de remoção por conta própria.

 
FONTE: HOJE MAIS 

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