EM ANDRADINA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO REALIZA SOLENIDADE EM COMEMORAÇÃO ALUSIVA AO CENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO DE 1924

Quarta, 10 Julho 2024 19:24

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO REALIZA SOLENIDADE EM COMEMORAÇÃO ALUSIVA AO CENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO DE 1924 Na manhã desta sexta-feira, 05, a Polícia Militar do Estado de São Paulo realizou solenidade em comemoração ao centenário da Revolução de 1924. As comemorações ocorreram em cerimônia de outorga de medalhas a autoridades, na sede do Comando Geral, na capital paulista, e em todos os quarteis da Corporação, onde foi lida a ORDEM DO DIA, redigida e assinada pelo Comandante Geral, Coronel PM Cássio Araújo de Freitas, e hasteadas as bandeiras do Brasil e do Estado de São Paulo. Após o evento, foi desencadeada “Operação Impacto”, em todo o território do Estado de São Paulo, em homenagem a data e queda dos indicadores criminais. As comemorações celebram um século do levante “tenentista”, Revolução ou Movimento de 1924, um conflito brasileiro com características de guerra civil, deflagrado por militares tenentistas para derrubar o governo federal de Artur Bernardes. Iniciado na cidade de São Paulo em 5 de julho, o movimento expandiu-se ao interior e inspirou levantes em outros estados. O combate urbano culminou com a vitória legalista em 28 de julho. ORDEM DO DIA Meus comandados: Nesta data, convido-os a refletirmos sobre os graves acontecimentos que sacudiram o país, e em particular a capital paulista, há exatamente um século. Foi na madrugada de 05 de julho de 1924 – um sábado gélido – que militares do Exército Brasileiro e da Força Pública, a partir da ocupação de pontos sensíveis da Capital paulista, especialmente o Batalhão de Caçadores do Exército em Santana e do quadrilátero dos quartéis da Força sediados no bairro da Luz – tomaram em armas em um ato de rebeldia, cujo propósito era alijar do poder as autoridades do Executivo estadual e federal, implantando um governo revolucionário no país. A cidade viveu dias de pânico, com as trincheiras abertas nas ruas e avenidas, e seguidas tentativas dos rebeldes de tomar o Palácio do Governo, nos Campos Elíseos. A guarda militar do Palácio resistiu bravamente, na defesa da vida do Presidente do Estado, Carlos de Campos, que se viu obrigado a deixar a sede do governo e transferi-la emergencialmente para a estação ferroviária de Guaiauna, na zona leste da Capital. Tendo o comandante geral da Força, coronel Domingos Quirino Ferreira, sido preso em sua residência pelos rebelados ao amanhecer daquele cinco de julho, os oficiais e praças que permaneceram na defesa da legalidade – a grande maioria dos quadros da Força – via-se impotente para adotar ações estratégicas de enfretamento à rebelião, considerando o impedimento do Comandante Geral. Nesse momento de dor, quando centenas de civis haviam sido mortos em bombardeios, na troca de tiros nas ruas entre legalistas e rebelados, desponta a figura do tenente-coronel Pedro Dias de Campos, que, na ausência de oficial de maior patente, declarou-se no Comando da Força, sendo nesse ato confirmado pelas autoridades superiores. Pedro Dias, com energia e inteligência, prontamente iniciou o enfrentamento estratégico aos rebeldes, organizou seu Posto de Comando no morro do Cambuci e, dali, coordenou a defesa da cidade de São Paulo. A sua ação à frente das forças legalistas, coordenada com as forças do Exército, chegadas à capital pelo porto de Santos, e das unidades de voluntários vindos da região de Itapetininga, obrigou a retirada da zona urbana das forças rebeldes que, partindo rumo ao sertão, culminaram por organizar-se na Coluna Miguel Costa-Luís Carlos Prestes. Na defesa inexpugnável do Cambuci, a partir da usina elétrica da Avenida do Estado, destacou-se o capitão Júlio Marcondes Salgado, mais tarde comandante geral e mártir do movimento constitucionalista de 1932. Meus comandados! Nesta data, reverenciamos a memoria de todas as vítimas, e a coragem daqueles que lutaram na defesa de um Brasil mais justo e solidário, reconhecendo seus elevados ideais. Somos todos voluntários e voluntárias, regidos pela hierarquia e disciplina, pilares aos quais nos submetemos por nossa livre vontade. Seguimos servindo e protegendo as pessoas e defendendo as instituições, se preciso com o sacrifício da própria vida, estamos contribuindo decididamente para preservar a ordem pública e, dessa maneira, a própria democracia, na construção de uma Pátria mais justa e solidária para os dias presentes e para as futuras gerações de brasileiros. Vamos todos juntos, ninguém fica para trás. Deus os abençoe e guarde. Quartel em São Paulo, 05 de julho de 2024 CÁSSIO ARAÚJO DE FREITAS CORONEL PM COMANDANTE GERAL

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