A nova lei trabalhista facilitou as relações de trabalho com os patrões e a dona de casa, especialmente aquelas mais carentes, terão chance de trabalhar um ou dois dias da semana, recebendo bem menos que um salário mínimo.
Toda essa facilidade de contrato, embora desguarde alguns direitos conquistados no passado, como a exigência que o registro de trabalho fosse no mínimo igual ao salário mínimo, vai sem dúvida aumentar os postos de trabalho temporário e ao mesmo tempo, pressionar as Prefeituras para que construam mais creches.
Em Três Lagoas são milhares de mães que estão na lista de espera por uma creche que abrigue seus filhos enquanto trabalham. Poucas oferecem o serviço durante o dia todo, o que seria o ideal. Para atender ao máximo de crianças, as creches estão matriculando em apenas um período.
É preciso que os políticos, as organizadores populares e o empresariado em geral, desnudem essa realidade da falta de creches e se debrucem em alternativas para acolher essa demanda e não apenas cumprir o que o Governo Federal estabeleceu como meta do país, mas pela necessidade cada vez maior de socorrer os pobres.
Três Lagoas tem uma legião de famílias com crianças pequenas, morando em condições sub-humanas de habitação e com as mães sem creche para não apenas matricular os filhos, mas também darem a eles as primeiras formações de ensino e socialização, além evidentemente da alimentação. Todo esforço que a administração fizer para ampliar essa oferta de vaga, será revertido na melhor qualidade de vida de todos e no combate à miséria pela forma mais justa: oferecendo a chance para estudar e trabalhar.
fonte: Antônio José do Carmo
