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Preso mata colega de cela estrangulado na Penitenciária de Andradina; seria pelo menos o quarto assassinato cometido por ele em prisões

Quinta, 25 Novembro 2021 09:19

Preso mata colega de cela estrangulado; seria pelo menos o quarto assassinato cometido por ele em prisões

 

Condenado por roubo ocorrido em Penápolis em 2010, já foi condenado por outro assassinato na penitenciária de Andradina

 

Geovane José da Silva, o “Canibal", durante tranferência para penitenciária de segurança máxima após matar colega de cela em 2015, em Andradina (Foto: Roni Willer/Paparazzi News/Colaboração)
 

O sentenciado Geovane José da Silva, 30 anos, conhecido como “Canibal” , é acusado de ter matado o colega de cela dele, Julian Fernandes Nunes Queiroz, 25, conhecido como Pitbull, crime ocorrido na penitenciária de Andradina (SP) na noite de quarta-feira (17).

Ele confessou a autoria do crime, que teria sido motivado por uma briga por causa de uma cama, e disse que já matou outros três outros detentos em penitenciárias. O acusado inclusive foi condenado pelo Tribunal do Júri de Andradina a 32 anos de prisão pelo assassinato de Ildemberg Conceição, 24, crime ocorrido em 7 de janeiro de 2015, em uma cela do Pavilhão de Disciplina na penitenciária da cidade.

No caso do homicídio ocorrido nesta semana, o boletim de ocorrência foi registrado na madrugada de quinta-feira. Nele consta que agentes policiais penais de serviço foram chamados por presos da Cela do Seguro, informando que um deles havia sido assassinado.

Cama

Os agentes encontraram Queiroz já sem vida e Canibal confessou a autoria do crime, alegando que foi motivado por uma discussão em razão do lugar onde a vítima iria dormir. Ele disse à polícia que apesar de ser recém-chegado à unidade prisional, Queiroz não quis aceitar o local que seria destinado a ele para dormir.

Ainda na versão dele, a vítima teria partido para cima dele, houve luta corporal e durante a briga, ele agrediu o colega de cela com um soco e em seguida o estrangulou, quebrando seu pescoço. O acusado disse ainda que já matou outros três colegas de cela e responde a processos por esses crimes.

Sem defesa

Entretanto, testemunhas disseram que a vítima não teve chance de reação. Elas contaram que por volta das 20h perceberam uma discussão e Canibal teria pedido a todos que estavam na cela que subissem para as camas.

Ainda segundo as testemunhas, sem dar tempo de reação, ele teria agarrado a vítima pelo pescoço, com um golpe conhecido como "mata-leão" . Os demais detentos teriam pedido para o acusado parar, mas ele enforcou Queiroz até a morte.

Roubo

Canibal foi preso em julho de 2010, acusado de participar do assalto à residência de uma professora, que foi abordada na porta da cozinha por um dos assaltantes armado com um revólver e dizendo que queria armas e dinheiro.

A mulher contou que foi arrastada para o quarto e a empregada da casa, que estava na residência, já havia sido rendida por outro assaltante. Os bandidos fugiram levando um notebook, a aliança de casamento da professora, um anel de ouro e dois celulares.

Canibal foi encontrado logo depois o crime e reconhecido por uma das vítimas. Na casa dele foi apreendido um coldre com sete cartuchos intactos de calibre 22. Outros dois participantes no assalto foram presos após serem reconhecidos por fotos, sendo um deles um adolescente de 17 anos na época.

Morte

O acusado também foi investigado pela morte de outro detento quando estava custodiado no CDP (Centro de Detenção Provisória), em 17 de janeiro de 2011. Na ocasião, Marcos César Nascimento, 27, foi encontrado morto na cela do Pavilhão de Disciplina.

O cadáver também tinha pequenas lesões no pescoço, no pulso e joelho esquerdos, mas não havia sinais de luta corporal ou vestígios de sangue na cela. A vítima também havia sido presa por roubo e transferida da cadeia de Penápolis.

Canibal alegou à polícia que fizeram a refeição da noite juntos e que Nascimento teria deitado e adormecido. Na versão dele, ao tentar acordá-lo para pedir um aparelho de barbear, percebeu que não respondia, por isso junto com os demais detentos passaram a chamar aos agentes penitenciários.

Quando o boletim de ocorrência era registrado, a polícia foi informada pelo Instituto de Criminalística que havia sido constatado sinal de estrangulamento no pescoço da vítima. No corredor da cela havia uma garrafa pet, com líquido transparente no seu interior, envolta com uma tira de tecido, a qual foi apresentada na delegacia e apreendida.

A reportagem não encontrou o processo referente a esse caso para confirmar o desfecho da investigação.

Canibal é transferido de presídio após mais um homicídio

A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) infomou ao Hojemais Araçatuba que o sentenciado Geovane José da Silva, 30 anos, o Canibal, foi transferido neste sábado (20) da penitenciária de Andradina para outra penitenciária da região oeste do Estado. Ele já esteve preso em uma unidade prisional da região de Presidente Prudente, para onde foi após cometer um homicídio na penitenciária de Andradina em 2015.

A secretaria confirmou em nota que na última quarta-feira, por volta das 20h45, ele se desentendeu com o colega de cela, Julian Fernandes Nunes Queiroz. A Pasta informa que o acusado passou a agredir a vítima e em seguida, aplicou uma "gravata" em seu pescoço, provocando a morte.

O caso aconteceu na cela de Seguro da Penitenciária de Andradina, onde os dois estavam custodiados. "Imediatamente, Geovane foi retirado da cela com os demais presos isolados ali. O delegado de polícia e a Perícia Técnica estiveram na unidade e todas as medidas administrativas foram adotadas", informa a nota.

Segundo a SAP, uma das medidas adotadas foi a instauração do Procedimento Disciplinar. Após ser concluído, será solicitada a internação do acusado em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). 

Crimes

De acordo com a SAP, Canibal foi incluído na penitenciária de Andradina em 31 de maio de 2019, procedente de outro presídio. Ele possui condenações por infringir os artigos 121 (homicídio), 157 (roubo), 155 (furto) e 129 (lesão corporal) do Código Penal, e artigo 12 da Lei 10.826/03 (posse de arma de fogo).

Já Julian Fernandes Nunes Queiroz foi incluído na unidade prisional de Andradina e 9 de outubro deste ano, também procedente de outro presídio. Ele tinha condenações por infringir os artigos 33 da lei 10.826/03 (tráfico de drogas) e 157 (roubo) do Código Penal.

Segundo a SAP, a família da vítima foi avisada pela direção da unidade sobre o crime e o corpo dele foi encaminhado para a cidade de Embu das Artes, onde aconteceu o enterro.

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