Já a assessoria de imprensa do INCRA em São Paulo, informou à nossa reportagem que – “O assentado não deve pagar qualquer valor para liberação de crédito habitacional ou de fomento, pois trata-se de golpe. Não existe cobrança para esse tipo de serviço, seja pelo Incra, seja pela Caixa Econômica Federal (CEF), nem autorização para que terceiros o façam nome das referidas instituições; Mediante denúncia do Sintraf ao Incra/SP, a Caixa Econômica Federal de Presidente Prudente nos informou que não tem nenhum funcionário chamado José Maurício Sanches e que eventuais visitas a assentamentos por seu corpo técnico somente são feitas com prévia comunicação ao Incra; O Incra/SP solicita às lideranças dos movimentos sociais que, em casos de dúvidas, entrem em contato com a Superintendência Regional de São Paulo para checar informações e orientem os assentados para que não façam nenhum tipo de pagamento ou declaração de dados pessoais ou bancários; Com relação à liberação de recursos habitacionais informamos que o Incra/SP encaminhou propostas para análise e aprovação do Ministério das Cidades, abrangendo as regiões de Andradina, Pereira Barreto e Itapura, mas ainda está aguardando a resposta do referido Ministério”.
Nossa reportagem tentou contato telefônico com José Maurício Sanches, mas o mesmo não atendeu às ligações. Também foi encaminhada indagações para o mesmo por meio do aplicativo Whatsapp, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos retorno.
Estima-se que o golpe vem sendo aplicado em assentamentos da região a mais de 3 meses e já pode ter lesado mais de 500 pessoas. A Polícia Civil informa que às pessoas que sofreram prejuízos com o golpe, devem procurar a Delegacia de seu município e registrar Boletim de Ocorrência, porém se o número de pessoas por assentamento for elevado, não há necessidade de todos comparecerem, mas apenas 3 representantes com os dados dos demais e registrar o Boletim de Ocorrência coletiva.
Na manhã desta sexta-feira (28/07), José Maurício Sanches deveria estar no assentamento Nossa Senhora Aparecida II, para buscar dinheiro objeto do golpe, porém já cientes da situação os assentados convidaram outras vítimas do golpe de outros assentamentos para tentar dar o flagrante no golpista.
Para o azar de José Maurício Sanches, um grupo de assentados vítimas do “gatuno” se depararam com o mesmo nas dependências da Rodoviária de Castilho, uma vez que o mesmo havia pedido para alguém do assentamento ir busca-lo no local, que segundo o sujeito, seu carro teria quebrado no caminho. O estelionatário ao avistar suas vítimas tentou “dar pinote”, mas foi alcançado e agredido.
A Polícia Militar foi acionada e conduziu o meliante ao Hospital Municipal “José Fortuna” para receber atendimento médico do suposto ferimento da agressão (um soco) e posteriormente foi conduzido à Delegacia de Castilho, onde foi lavrado o Boletim de Ocorrência e José Maurício Sanches foi liberado para responder em liberdade.