Um homem de 39 anos, morador em Mirandópolis (SP), que se apresentou como músico, foi detido pela Polícia Militar Rodoviária na noite de sábado (24), ao ser flagrado um veículo com chassi adulterado e documento roubado. Ele seria proprietário de uma locadora de vans.
Segundo a polícia, o investigado transportava sete pinos com cocaína e foram encontrados registros de diversas evasões de pedágio desse carro nas regiões de Araçatuba e Bauru.
O Toyota Corolla com placas de São Bernardo do Campo (SP) foi abordado por volta das 21h30, no quilômetro 550 da rodovia Marechal Rondon (SP-300), em Guararapes, quando seguia sentido a São Paulo.
De acordo com a polícia, já havia denúncias de que havia um Corolla dublê rodando na região, utilizando-se dos dados de um veículo semelhante que está recolhido no pátio da montadora Toyota do Brasil, em São Bernardo do Campo.
Documento roubado
Foi feita a abordagem e o condutor não apresentou o documento do carro. Enquanto era entrevistado, ele teria mostrado na tela do celular um CRLV vencido, como se fosse do veículo. Ao consultá-lo, foi constatado que o documento foi roubado em 30 de janeiro de 2018, da Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Embu Guaçu (SP).
Em vistoria no veículo os policiais encontraram sete pinos de cocaína, dois debaixo do tapete do lado do motorista e cinco no console. O investigado alegou que a droga seria para uso próprio.
Adulteração
Ainda de acordo com a Polícia Militar Rodoviária, foi identificada adulteração na numeração do motor e do chassi. Em pesquisas no sistema, a polícia encontrou o boletim de ocorrência registrado em São Bernardo do Campo, relatando que o Corolla com as placas utilizadas pelo que foi apreendido está no pátio da montadora, fora de circulação. Além disso, foram encontradas diversas infrações de trânsito cometidas por um possível veículo dublê.
O investigado e o carro foram levados para a Delegacia de Guararapes e, ao ser ouvido, ele alegou ter comprado o veículo de um amigo em São Bernardo do Campo, tendo pago R$ 60 mil por ele. Parte do pagamento teria sido um GM Cruze ano 2013 e o restante teria sido em diversas parcelas mensais de R$ 2.000,00.
Ele disse que não sabe ao certo quando comprou o Corolla e que ficou combinado que o recibo seria entregue assim que quitasse a divida.
Investigação
O delegado que presidiu a ocorrência decidiu por liberar o investigado após ouvi-lo, por considerar que não há como afirmar que ele tinha conhecimento da adulteração e da procedência duvidosa do carro. Além disso, entendeu que é preciso aguardar o laudo da perícia confirmando a possível adulteração.
Um inquérito será instaurado e o investigado poderá ser indiciado por adulteração de identificação veicular; receptação pelo uso de documento roubado; estelionato pelas evasões de pedágio; e porte de droga.