Paróquia São Sebastião de Andradina: Família Sanches Esteves convida a todos para missa de 7º dia da matriarca

Sábado, 27 Fevereiro 2021 22:13
Dona Isabel amava cuidar do seu jardim (Arquivo de Família)
 

Uma mulher marcante, que deixou na memória dos familiares e amigos momentos únicos. No último domingo, 21, Isabel Sanches Esteves findou sua missão, deixando a família com muita saudade, mas amparados em suas recordações.

A família convida a todos que participaram da vida de Isabel para compartilharem da missa em sua homenagem que será transmitida pelo facebook da Paróquia São Sebastião, no domingo, às 19h. A Paróquia também irá lembrar Dona Isabel nas missas de sábado (27), às 19h e no domingo (28) às 8h. 

A neta Elaine Cristina Bortolanza fez uma homenagem a esta mulher, sua avó Isabel Sanches Esteves em nome de todos os familiares.  
"Minha vó Isabel Sanches Esteves fez a passagem no domingo 21 de fevereiro de 2021.  Imensa vó por quem tenho um amor imenso. Imensa Isabel que costurou sonhos e desejos de tantas meninas e mulheres em Andradina.

 
Isabel com a neta Elaine Cristina (Arquivo Pessoal)

Vivi minha infância, adolescência e a vida adulta muito próxima a ela, e me tornei a pessoa e a mulher que sou no cerzir cotidiano dos meus avós, aquela casa era e continuará sendo o remendo quase imperceptível das linhas ancestrais que sustentam o amor e aquilo que chamamos de família Sanchaiada.
Minha vó foi corajosa, matriarca e alimentou e nutriu meus maiores sonhos e desejos. Meu sonho de ser professora foi costurado no livro que escrevi sobre a vida dela na conclusão do magistério, cerzido nas narrativas e histórias da infância dela com os irmãos e irmãs, na chegada dos meus bisavós que vieram da Espanha, abriram um bar e trouxeram a eletricidade para Andradina, da sua adolescência com as amigas com quem mantinha um diário precioso com escritas e fotos delas, da sua paixão pela moda e o sonho de criar roupas, da dedicação e formação do seu ofício como costureira, do encantamento até o casamento com o vô Sebastião, da sua inteireza como mãe, avó e companheira. Cresci nesse cotidiano amoroso e acolhedor, admirando sua força e coragem de ser tantas.

 
Isabel segurando seu primeiro neto, João Fábio (Arquivo de Família)

Do pão que trazia o fermento de Cristo que passava de mão em mão na vizinhança até chegar na mesa e ser servido com um afeto acalentador; do preparo de croquetes, quibes, esfihas, tortas ou a simples salada de tomate ou pepino com arroz, feijão e bife; das andanças na av paes leme para buscar os tecidos e aviamentos das clientes e dos moldes que se transformavam em sonhos e roupas feitas por ela. Foi dela que ganhei minha primeira lingerie, um espartilho branco. Jardineiras, macacão, blusa tomara que caia foram tantos os sonhos e histórias costurados por ela que hoje sinto uma dor profunda mas agradeço muito por ter tido ela como vó e matriarca da minha família. São muitos os aprendizados vó, eles ficam e espero que possam continuar vivos, como a samambaia que compramos juntas. Espero que você agora esteja aí na sua casa, cuidando das suas plantinhas e matando as saudades dessa vida bela que você criou para você e para todos nós. Que ele e todas as entidades te recebam com muito amor nessa nova jornada, todo esse que vc soube imensamente partilhar mesmo quando você já nem conseguia estar mais aqui. Descanse vó! Seu amor brotou muita vida por aqui e continuará brotando". 

Um retrado de Dona Isabel, ainda moça, pintado pelos netos (Arquivo de Família)
 
Dona Isabel rodeada pelos netos, momentos únicos (Arquivo da Família)
 

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