EM ANDRADINA A UTILIDADE DO CARGO DE CONFIANÇA PARA A NOVA GESTÃO

Terça, 29 Dezembro 2020 14:34

A UTILIDADE DO CARGO DE CONFIANÇA PARA A NOVA GESTÃO

* Antônio José do Carmo - Jornalista

Vamos deixar o modismo e a demagogia de lado?

O servidor concursado e efetivo de uma prefeitura pode usar e usa seu conhecimento para favorecer a máquina gestora ( em sua grande maioria, evidentemente ), mas também tem aqueles que só servem para emperrar o serviço e ficar discutindo política. E para enfrentar essa situação, os prefeitos recorreram a Secretários e Assessores, sempre em cargos de chefias, para comandar a máquina com sua política de ações estabelecidas em campanha.

Sem essa frente de comando e fiscalização, dificilmente a ordem de um prefeito vai chegar até a ponta, ou seja, ao contribuinte. Infelizmente essa é a realidade. Há gestores que se valem desses cargos para colocar gente sem qualificação profissional para resultados apenas políticos, e por mais que sejam fieis e competentes, acabam provocando descrédito e desconfiança do contribuinte e de todos os demais profissionais que ocupam cargos técnicos na Prefeitura. Há também os prefeitos que se utilizam dos próprios cargos efetivos para preencherem alguns de confiança, porque já desfrutam desse tipo de relação. A primeiro compromisso do gestor público é com o profissionalismo da gestão.

Para manter o encaminhamento de suas ordens com o mínimo do fluxo de uma administração privada, é preciso que além do currículo profissional também haja um comprometimento político e por que não, ideológico com o chefe do executivo. Sem esse poder de influencia os prefeitos podem ficar atados e a administração submissa, na forma invertida. É o assédio moral do subalterno contra o chefe nomeado pelo prefeito.

A demissão de um servidor público efetivo é quase impossível, embora se reconheça o perigo da caça às bruxas e a perseguição do novo grupo administrativo, contra os que permanecem no cargo. Então tudo isso é ruim para o município. Funcionário sem motivação, descontentes com o chefe, insatisfeitos com o salário, e esperando parar de trabalhar pelo resto da vida. O grupo gestor dominante na Prefeitura de Andradina nos últimos anos fez uso dos cargos em comissão para fazer a administração andar. Cargos de chefias ou não, mas salários bem maiores que os anteriores.

Por essa razão muitos processos caminharam com mais velocidade. O prefeito eleito de Andradina Mário Celso Lopes foi por nós questionado na entrevista coletiva, sobre esse risco de encontrar uma gestão emperrada pela própria “dinâmica” de estrutura do funcionalismo público. O quadro de servidores está inchado se avaliado com os números recomendados pelo Tribunal de Contas.

E a resposta de Mário foi que irá juntar dinheiro para pagar indenizações em programas de demissão voluntária. O novo prefeito se quiser empreender o dinamismo que teve na iniciativa privada, terá que adaptar-se a essa nova realidade de gestão. E com certeza o fará.

Sem essa determinação de mexer nas estruturas, pode esquecer das grandes realizações. Profissionalizar a prefeitura, enxugar o quadro tornando-o mais ágil e competente significa no mínimo colocar um agrônomo ou veterinário para comandar a Secretaria da Agricultura.

Por exemplo. Dois ex-prefeitos de Andradina se desiludiram com a estrutura pública de administração. Orensy Rodrigues da Silva e Marcos Citro. Eles renunciaram.

Marcos Citro é o maior empresário andradinense, o maior empregador o mais forte economicamente falando, o mais sólidos nos negócios e o que gera mais empregos. Felizmente não seguiu fazer isso na administração política.

Mário Celso tem um grande currículo de negócios bem sucedidos. Ele me garantiu e até estranhou a indagação de que poderia se desanimar do serviço público.

E respondeu que não apenas concluiria, mas que continuaria. Seu sucesso é tudo que desejamos.

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