A delegada revelou na entrevista, que o tarado estava sendo investigado desde dezembro do ano passado, após denúncias de mulheres que estavam recebendo chamadas de vídeos via WhatsApp com um homem se masturbando.
Segundo a delegada, as vítimas narraram que o tarado também deixava bilhetes, e números de telefones na casa delas, além de perceberam o desaparecimento das calcinhas deixadas no varal.
“Ele tinha característica de ficar observando as vítimas pela janela das casas, ou seja, não ficava só no mundo virtual. Quando a vítima o bloqueava no WhatsApp, ele mandava mensagens de texto”, explicou a delegada que completou: “o tarado ligava e falava para as vítimas, estou vendo você, estou vendo que seu marido acordou”
“As mulheres ficavam muito apavoradas, e no desenrolar das investigações conseguimos identificar o homem e o prendemos em Castilho”, reforçou Leticia Mobis.
Durante as investigações, conforme explica, o homem é casado, mora em Castilho e passava boa parte do tempo em Três Lagoas, na casa de parentes, com a desculpa que estava procurando em emprego na cidade.
Ao todo cinco mulheres denunciaram tarado. Segundo a delegada a polícia acredita na hipótese de haver mais vítimas, em Castilho e Andradina, cidades do interior paulista, já que encontrado uma lista com dezenas de números de telefone de nomes de mulheres com o DDD 18.
“Pedimos a estes mulheres que procurem a delegacia destas cidades para denunciá-lo”, disse a delegada.
A delegada explica que agora vai concluir os inquéritos para encaminha-los a justiça. O homem que se encontra preso irá responder pelo crime de importunação sexual e furto das calcinhas das mulheres.
Foi encontrado em seu aparelho celular um vídeo filmado por cima do muro, uma moça dentro da cozinha de uma casa. Não conseguimos identificar quem é a moça. Provavelmente deva ser alguém do bairro Vila Piloto, região onde ele agia. Como as casas são muito parecidas, ainda não conseguimos identificar. Achamos filmagens no celular dele, até de mulheres em supermercados.
Ao fim da entrevista a delegada reforça o pedido para que as mulheres que foram vítimas deste tarado procurem a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) e tragam o aparelho celular.
“Não apaguem os registros das ligações, caixa de mensagens e imagens encaminhadas via WhatsApp, para que a polícia possa materializar e responsabilizar o homem pelos crimes”, finaliza Leticia Mobis.