Nesta terça-feira (18/12), a Corregedoria da Polícia Militar, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Comando de Policiamento de Choque da Polícia Militar, deflagrou a fase Katrina da Operação Ubirajara. Até o momento, foram presos 48 policiais militares e três civis. Uma pessoa que não era alvo da operação foi presa em flagrante.
A operação recebeu este nome por conta de ter se iniciado no bairro Ubirajara, na zona sul de São Paulo.
A fase Katrina refere-se à devastação de um esquema de corrupção sistêmico instalado na Zona Sul de São Paulo com diligências desenvolvidas em três Estados.
Estão sendo empregados 450 policiais militares, dos quais, 280 PMs corregedores, 170 PMs do Choque, bem como promotores de Justiça do Gaeco.
A operação teve início em fevereiro, contando com provas decorrentes de mais de 82 mil ligações telefônicas interceptadas, bem como outras, documentais e materiais.
O trabalho investigativo iniciado pela Corregedoria apurou o envolvimento de policiais militares do 22º Batalhão da PM com atividades ilícitas (cujas provas foram compartilhadas com o Gaeco), tendo sido verificados os crimes de corrupção passiva, concussão, associação ao tráfico de drogas, integrar organização criminosa, além de outros ilícitos penais militares e comuns.
Ao todo, estão sendo cumpridos hoje 86 mandados de busca e apreensão (70 expedidos pela Justiça Militar e 16 expedidos pela Justiça Comum) e 59 mandados de prisão.
Dentre os alvos das prisões, 54 são policiais militares do 22º BPM/M que tiveram suas prisões preventivas decretadas pela Justiça Militar e cinco civis, integrantes da organização criminosa que opera na área e tiveram suas prisões temporárias decretadas pela Justiça Comum (DIPO).
Até o momento foram contabilizados, três presos civis, 50 policiais militares presos, armas, munições, droga, dinheiro, celulares, pen drives e computadores em poder dos traficantes.
A operação é desencadeada em 19 municípios em três Estados (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro).
O Inquérito Policial Militar está em segredo de justiça.
Núcleo de Comunicação Social