Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), a obra “sofrerá um decréscimo” devido ao período de chuvas e a proximidade do fim do governo atual.
As obras foram autorizadas no final de agosto deste ano pelo ministro Carlos Marun. E até agora foram executados 20,9 quilômetros de reciclagem de base nos pontos mais críticos da rodovia, com tratamento superficial, que é a fase intermediária da solução que deverá ser aplicada no pavimento, segundo o Dnit.
Ainda segundo o departamento, não é tecnicamente indicado haver intervenções de restauração de asfalto em períodos de chuva, pois o prejuízo para o pavimento pode ser maior. Por isso, que nesse período, se mantém ativo os serviços de manutenção e conservação.
Usuários da rodovia reclamam do surgimento de buracos após as chuvas. O Dnit ressalta que a empresa responsável pela manutenção permanece executando os serviços e que, nos próximos dias, haverá uma “força tarefa” para tapar buracos.
BUROCRACIA
A primeira licitação para a restauração da rodovia foi realizada em 2012, tendo a empresa Enpa Engenharia, de Cuiabá (MT), vencedora do processo. No entanto, outras empresas entraram com recursos e o governo federal acabou cancelando a licitação. A obra não foi iniciada na época por falta de recursos.
Após isso, nova licitação foi aberta e, no ano passado, o Consórcio Ethos/Pavidez/Spazio venceu o processo para executar as obras por R$ 149 milhões. No final de agosto, enfim, as obras foram iniciadas, mesmo sem a garantia de todo o dinheiro estar em caixa.
Em junho deste ano, o departamento confirmou que o recurso para a restauração da rodovia foi cortado do orçamento da União deste ano. Segundo informou o ministro, o Dnit tinha R$ 50 milhões em caixa para o início da obra. O restante do dinheiro, segundo ele, seria liberado de acordo com a execução da obra. A restauração da rodovia não foi incluída também no orçamento do governo federal de 2019. O ministro havia dito que, após iniciada, a obra não deveria parar, pois recursos de “restos a pagar” poderiam ser liberados.
Com relação à verba para execução do contrato, o Dnit informou que o recurso disponível é o necessário para o pagamento das medições dos trabalhos realizados até o final de 2018.
PROJETO
O projeto consiste na restauração completa da rodovia, instalação de 32 quilômetros de terceira faixa e acostamento entre Três Lagoas e o assentamento Mutum, à frente de Água Clara, em direção a Campo Grande.
Por Ana Cristina Santos do JPNews