O médico explicou que a próstata é uma glândula presente nos homens, com funções de auxiliar a produção de esperma e de controlar o fluxo urinário, e que, em 80% dos casos, suas alterações não são câncer. Porém, isso só pode ser definido com os exames periódicos tanto de sangue, mas principalmente do toque retal, exame que pode levar à solicitação da biópsia para confirmação.
Outra questão abordada por Tibyriçá foi que a doença é silenciosa e que, em 90% das vezes, só apresenta sintomas quando está em estágio avançado, reduzindo as chances de cura. Isso, reforça e indica os exames para homens a partir de 40 anos, quando tem histórico da doença na família, ou 45, em outros casos. Os exames devem acontecer até os 85 anos. Os tratamentos são cirurgia e radioterapia. “O que temos que destacar é que o câncer de próstata faz metástase no osso, o que é extremamente doloroso”, lembrou.
Tibyriçá afirmou que, além do preconceito quanto aos exames, também existem muitas dúvidas quanto ao pós-operatório, no entanto, ele desmitificou os riscos, destacando que, atualmente, houve muita evolução das técnicas e dos medicamentos utilizados.
A secretária municipal de Saúde, Angelina Zuque, também participou da abertura do evento e deu um panorama sobre o Novembro Azul no município. Segundo ela, o principal problema ainda é o preconceito sobre o exame de toque. “Mas sabemos que o exame de sangue não é suficiente. Temos que desmistificar o toque”.
A secretária disse que a quantidade de homens que tem procurado atendimento de saúde está aumentando em Três Lagoas. Sobre o Novembro Azul, ela destacou que as 13 unidades de saúde da cidade se preocuparam em fazer um acolhimento especial durante o mês, visando atrair mais homens para os exames.
No caso de não ter procurado uma unidade, Angelina informou que ainda dá tempo: dia 27, na UFMS e na empresa Iguaçu; dia 29, nas unidades de saúde do Santo André e da Vila Nova; e dia 30, nas unidades do Jupiá e Jardim Maristela.
Também presente, a presidente da Rede Feminina, Ivanir Batista frisou que é necessário que os homens despertem para a necessidade de fazer a prevenção. Ivaldo Ikasaki, que foi diagnosticado com a doença também fez uso da palavra e relatou que também tinha vergonha de fazer o toque. “Por vergonha, eu acabei tendo a doença e passando por maus momentos. Eu digo a todos que não tenham vergonha”.
A vereadora Sirlene, que propôs o evento disse que o comprometimento dos profissionais de saúde, das autoridades e dos voluntários da Rede Feminina tem sido importante na luta contra o câncer, incluindo o de próstata. "A união de forças, o amor e cada um fazer sua parte vai melhorar a qualidade de vida de todos", afirmou.
O evento contou ainda com apresentações do cantor Nilton de Jesus.