Rodrigo foi um dos 14 alvos da Operação Vostok, que apura suposto esquema de pagamento de propina à cúpula do governo, em troca da concessão de benefícios fiscais em Mato Grosso do Sul. Rodrigo teve
Além dele, estão entre os implicados o deputado estadual Zé Teixeira (DEM) e o ex-deputado federal, ex-secretário de Fazenda e conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Márcio Monteiro. Durante a Operação Vostok, a Polícia Federal cumpriu, ao todo, 41 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão.
“Nós acompanhamos a prisão e independente de ser filho do governador, de ex-governador, de prefeito, de deputado, nós instauraremos um procedimento administrativo, como é de praxe”, afirmou Mansour.
Segundo o promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira, do MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), há uma investigação em andamento no órgão em relação a Rodrigo. O herdeiro e o pai chegaram na superintendência da PF, em Campo Grande, por volta das 14h15 de quarta-feira (12), horas após o início da operação.
Prisão temporária
O herdeiro já está cumprindo prisão temporária em uma sala do Estado-Maior no Presídio Militar da Capital. Por ser advogado, ele tem a prerrogativa de ficar em uma sala especial, amparado pelo Estatuto da Advocacia, uma lei federal. A prisão tem prazo de cinco dias, mas ainda pode ser prorrogada.
O advogado Gustavo Passarelli, que atua na defesa de Rodrigo e Reinaldo, explica que ainda não teve acesso à íntegra dos autos do processo, por isso não sabe quando será possível entrar com o pedido de habeas corpus do filho do governador.
“Temos que aguardar as diligências serem finalizadas. E aí nós teremos acesso [aos autos] para poder avaliar alguma medida de defesa enquanto esse tempo de prisão temporária vigorar, que é de cinco dias”, relata Passarelli.
Operação Vostok
Cerca de 220 policiais federais, além de agentes do MPF (Ministério Público Federal), fizeram parte da operação, que também cumpriu mandados em Aquidauana, Dourados, Maracaju, Guia Lopes da Laguna, e no município de Trairão, no Pará.
Segundo a PF, as investigações foram iniciadas no começo deste ano baseadas na delação premiada de executivos de uma grande empresa do ramo frigorifico. Os colaboradores detalharam os procedimentos adotados junto ao governo do Estado para a obtenção de benefícios fiscais, os chamados TARE’s.
Fonte: midiamax