Zé Rosa, assim como demais autoridades locais e toda a população, tem acompanhado com muita apreensão a situação de infestação de escorpiões na cidade. Sabe-se que o escorpião encontrou, na área urbana do país, um ambiente muito favorável a sua proliferação. Nos centos urbanos, o escorpião amarelo (principal espécie causadora de incidentes e mortes) encontra quase nenhum predador natural, tem fonte abundante de comida (insetos, geralmente baratas), além de abrigo em tubulações, materiais de construção, entulhos, frestas etc. Os escorpiões acabam se abrigando nas casas, acessando-as, inclusive, através de tubulações e ralos, e encontrando abrigo em gavetas, roupas, calçados, vãos, móveis. As picadas em humanos acontecem por contato acidental, o veneno é potente e representa risco de morte maior para idosos e crianças pequenas.
Em 2017, o escorpião causou 184 mortes no Brasil, a maioria nos estados de SP e MG, com tal número elevando o escorpião ao primeiro lugar em mortes por animais peçonhentos no país, segundo dados do Ministério da Saúde. Em cinco anos, o número de mortes causadas por picada de escorpião subiu 163%, de 70 mortes em 2013 para 184 em 2017. E o número de casos escorpionismo (picadas sem morte) subiu de 78.363 (2013) para 125.126 (2017). “Estes números apontam para uma situação preocupante, cabendo à administração municipal principalmente avaliar essa realidade e promover planejamento visando a contenção e, se possível, erradicação dessa praga no meio urbano”, afirma.
“Uma das medidas seria manter um estoque emergencial de antídoto (soro antiescorpiônico) no Pronto-Socorro Municipal. O Ministério da Saúde informou ter firmado contratos para fornecimento de 62.000 frascos (44.000 do Instituto Butantan, em São Paulo) de soro antiescorpiônico para distribuição a todo o país neste ano, repassados para governos estaduais, que repassariam para municípios. Além disso, entre as ações para controle do escorpião, tive conhecimento de que está disponível no mercado o veneno antiescorpiônico Ficam VC (Bayer), que a administração municipal poderia avaliar sua eficiência, viabilidade técnica e custo. Além de promover medidas de planejamento urbano que contribuam no controle da espécie, conjuntamente com orientação da população”, acrescenta.
Diante disso, o parlamentar solicita saber também, quais as ações da administração municipal referente ao controle de escorpiões; há estudos e planejamento visando ao uso de veneno, como o Ficam VC, detalhando, inclusive a respeito da viabilidade técnica, eficiência e custos; existe, ou há planejamento para requisição ou aquisição de estoque emergencial de soro antiescorpiônico para o Pronto-Socorro Municipal. Bem como informar os dados relativos aos casos de casos de escorpionismo e mortes com escorpião de 2013 a 2017 em Andradina (ano a ano); se há e quais os estudos em relação ao planejamento urbano; entre outros esclarecimentos que entender pertinentes.
fonte: JR