A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Polícia Civil de Araçatuba disse nesta sexta-feira (17), em entrevista exclusiva ao SBT Interior, que a polícia já prendeu 21 pessoas envolvidas no assalto à Protege de Araçatuba, em outubro do ano passado, no bairro Santana.
De acordo com o delegado Antônio Paulo Natal, haviam R$ 50 milhões na Protege na noite do crime, mas o valor levado pelos criminosos foi de aproximadamente R$ 10 milhões. Parte do dinheiro foi destruído com as explosões.
Natal explicou que uma nova fase da operação começou, agora com 26 mandados de prisão expedidos pela Justiça. Destes, 21 pessoas foram presas, cinco estão foragidas e quatro foram liberadas após depoimento porque não tinham envolvimento com o crime.
"No dia da ação, a gente acredita que de 25 a 30 pessoas participaram do crime, mas outras pessoas estão indiretamente ligadas e que ajudaram a planejar a logística do crime", disse o delegado da DIG.
A estratégia adotada pela Polícia Civil precisou ser mudada por conta da proporção que o crime tomou. Agora, após desencadear a Operação Homem de Ferro, há dois meses, a polícia está buscando, em um novo inquérito policial, imóveis comprados com o dinheiro do assalto, que estão no nome de laranjas - pessoas usadas para despistas os reais donos dos bens.
Uma das informações apuradas pela polícia foi que um dos líderes da quadrilha que cometeu o assalto passou férias em Birigui e que conhecia um envolvido, morador da cidade. Outro envolvido estaria usando nome de uma pessoa morta para comprar bens com o dinheiro levado da empresa de valores.
Os bandidos usaram armamento de grosso calibre, carros blindados e até caminhões para fechar acessos e trechos da rodovia Marechal Rondon (SP-300). A polícia acredita que a quadrilha tenha envolvimento internacional.
O crime acabou causando a morte do policial André Luís Ferro da Silva, de 37 anos.
Dois meses após o assalto, a Protege de Araçatuba começou a operar em uma nova sede, mais reforçada, no bairro Jardim Presidente.
fonte: Sbt Interior
