O ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) lidera a corrida ao Palácio dos Bandeirantes, de acordo com a segunda parte da última pesquisa Datafolha, divulgada na madrugada desta segunda-feira. Ele aparece com 29% das intenções de voto no cenário hoje considerado o mais provável, seguido pelo pré-candidato do MDB, Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com 20%.
No segundo bloco, estão o atual governador, Márcio França (PSB), que cresceu, mas continua desconhecido da maior parte do eleitorado, e o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT). França aparece com 8% e Marinho com 7%.
Mais abaixo estão as pré-candidaturas do empresário Rogério Chequer (Novo), com 2%, da professora universitária Lisete Arelaro (PSOL) e do vice-prefeito de Guarulhos, Alexandre Zeitune (Rede), com 1% cada. A pesquisa divulgou também que 26% pretendem votar branco ou nulo, e 5% não sabem ou não responderam.
A principal mudança na nova pesquisa é a exclusão do nome do deputado federal Celso Russomanno (PRB). Ele aparecia em primeiro lugar no último levantamento, mas nem ele nem o PRB demonstraram interesse em uma candidatura até o momento.
Doria dispararia em um cenário alternativo, em que o MDB desistisse do nome de Skaf. Nesse caso, o ex-prefeito iria a 36%, com boa margem de vantagem para França, que passaria a 10%, e para Marinho, que subiria para 9%. Os brancos e nulos passariam a 32%, e 6% não saberiam em quem votar.
A pesquisa Datafolha indicou também os principais desafios das pré-candidaturas colocadas. Enquanto Skaf é numericamente (34%) o mais rejeitado, Doria viu crescer o número de eleitores que não votam nele de jeito nenhum (de 28% para 33%), especialmente onde governou: na capital. O levantamento mostrou que, entre os paulistanos, dois em cada três (66%) reprovam o fato de ele ter renunciado e, diante disso, quase metade (49%) não votaria nele. O índice é puxado para baixo pelo interior, onde o PSDB tem historicamente seu melhor resultado.
Já para Márcio França, a dificuldade principal é a de ser conhecido. Sua intenção de votos, que oscilava entre 2% e 3% em dezembro, cresceu para 8% no novo levantamento, mas esbarra no fato de que 82% dos eleitores do estado não sabem quem é o atual governador. Com a maior exposição por ter assumido o cargo após a renúncia de Geraldo Alckmin (PSDB), a rejeição dele também cresceu (de 14% para 22%).