Segundo informações preliminares, seriam quatro raios tomados pelos detentos, mas não há informação sobre eventuais feridos ou mortes. Porém, há relatos sobre a existência de reféns e sinais de fumaça vistos na unidade prisional, o que sinaliza eventual ocorrência de incêndio no interior do presídio.
A primeiras medidas de segurança, no âmbito da própria unidade, foram tomadas pelos agentes de escolta e vigilância, dispostos nas muralhas, que inclusive teriam efetuado disparos.
O Grupo de Intervenção Rápida (GIR), uma unidade com treinamento especializado, da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), que atua em intervenções dessa natureza, foi acionada e permanecerá de prontidão.
A PM também mobilizou seu efetivo regional. A Tropa de Chope foi acionada, bem como o helicóptero Águia, quer permitirá uma visão mais ampla sobre o cenário da rebelião.
O clima é tenso e todas as unidades prisionais estão em alerta, sobretudo na região, diante do risco da rebelião se reproduzir em outros presídios.
Unidade tem presos acima da capacidade
Segundo informa o site da SAP, a Penitenciária de Lucélia tem capacidade para 1.440 presos, mas abriga uma população carcerária de 1.820 homens. A unidade mantém ainda uma ala de progressão penitenciária com capacidade para 110 presos e conta com 126 detentos. Ao todo, são 396 detentos acima da capacidade.
Professora foi presa com celular na calcinha
Na manhã de ontem (25), uma professora foi barrada na Penitenciária de Lucélia, durante procedimento de revista, dentro da rotina da unidade. Segundo a SAP, a professora levava um microcelular na calcinha e o outro estava em uma bolsa, dentro de um carro.
A educadora é vinculada à Escola Estadual José Firpo, de Lucélia e realizava trabalho educacional com os detentos.
A descoberta do celular junto à calcinha se deu após a realização do scanner corporal, que revelou a presença de objeto estranho. Em uma sala reservada, ela entregou o aparelho aos agentes. Ela disse que recebeu o aparelho no sábado, na rodoviária da cidade, e entregaria para dois presos da unidade.
A Polícia Militar foi acionada e a mulher conduzida à Delegacia da Polícia Civil de Lucélia, para as demais providências. Junto à Diretoria Regional de Ensino de Adamantina foi aberto um processo administrativo para apurar a conduta da professora, e seu contrato de trabalho será rescindido, já que era contratada por prazo determinado.
De acordo com a SAP, os presos que receberiam os aparelhos foram encaminhados previamente ao pavilhão disciplinar e responderão procedimento de apuração preliminar. Foi instaurado também um procedimento para averiguar possível envolvimento de funcionários na ocorrência.