A Operação Fura-Fila, segundo o Gaeco, visa combater crimes de corrupção relacionados à transferências indevidas de presos do sistema prisional para o CR de Araçatuba, unidade considerada modelo no Estado de São Paulo.
Além do diretor, um filho de um agente penitenciário em Araçatuba e uma advogada foi presa em Rio Preto.
"A investigação, iniciada em maio de 2017, identificou que agentes penitenciários cobravam propina para transferirem presos de outras unidades prisionais para o cobiçado Centro de Ressocialização de Araçatuba, sendo também constatado nas investigações um esquema para inclusões indevidas de presos mediante a manutenção de relacionamentos amorosos de familiares e advogada dos detentos com diretor da referida unidade prisional", afirmou o Gaeco, em nota.
Segundo o Gaeco, o diretor da unidade pedia "favores sexuais" em troca de transferências de detentos.
Agora, quem vai assumir a unidade é o diretor do CR de Presidente Prudente. Os detentos envolvidos no esquema retornarão para os presídios de origem.
Ainda durante as investigações, um agente penitenciário aposentado envolvido no esquema foi preso em flagrante por tráfico de drogas. Com ele, foram encontrados 10 quilos de entorpecentes e uma arma de fogo.
Foram expedidos sete mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, que estão sendo cumpridos em Araçatuba e São Jose do Rio Preto.
A operação contou com a participação de seis Promotores de Justiça, agentes da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado e 25 policiais militares.
O advogado do diretor foi procurado pela reportagem e informou que só vai se pronunciar após a análise dos autos do processo.
fonte: SBT Interior