A Polícia Civil registrou a ocorrência como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A técnica de enfermagem responsável pela aplicação do medicamento foi ouvida e liberada após pagamento de fiança.
Segundo o boletim de ocorrência, a criança deu entrada no hospital por volta das 21h50 com um quadro de bronquiolite. A médica plantonista, Dra. Natália Barbato, prescreveu a administração intravenosa de Hidrocortisona, como parte do tratamento.
No entanto, logo após a aplicação, a equipe médica observou queda
de saturação, vômito, bradicardia e parada cardiorrespiratória na criança.
A médica verificou que o medicamento ministrado não era Hidrocortisona,
mas sim Succinilcolina — um fármaco usado para paralisar
músculos durante intubações e com riscos graves quando mal
administrado.
Diante da situação, a equipe iniciou manobras de reanimação,
incluindo massagem cardíaca, intubação e administração de
adrenalina, mas o óbito foi confirmado às 23h45, após todas as
tentativas de reverter o quadro.
A técnica de enfermagem responsável A.P.C.S., relatou que retirou
o medicamento de uma caixa identificada como Hidrocortisona.
Após o erro ser descoberto, foi verificado que o frasco de
Succinilcolina estava, erroneamente, dentro da caixa rotulada com
o nome da medicação prescrita.
A técnica esteve na Central de Polícia Judiciária acompanhada
de seu advogado e prestou depoimento. O delegado plantonista
arbitrou fiança no valor de R$ 4.560, que foi paga, resultando na
liberação da profissional.
A Polícia Civil apreendeu os frascos das duas medicações e
instaurou inquérito para apurar responsabilidades. A perícia
técnica não compareceu ao hospital. O caso foi registrado
como homicídio culposo.