A Polícia Civil de Birigui (SP) realizou buscas em uma casa no bairro residencial Portal da Pérola, na manhã desta quinta-feira (6), após denúncia de que o imóvel estaria sendo utilizado por duas pessoas para possível exploração sexual de adolescentes.
Também havia denúncia de que essas pessoas utilizariam a residência para o comércio de drogas e que haveria armas de fogo ilícitas no local. Diante das denúncias foi representado pelo mandado de busca para o endereço, o qual foi concedido pela 2ª Vara Criminal.
De posse da ordem judicial, equipe chefiada pelo delegado Eduardo Lima de Paula foi até a residência pouco antes das 9h. Como os moradores não teriam atendido aos chamados, foi necessário arrombar o portão para conseguir o acesso.
Drogas
Durante as buscas foram encontradas algumas mulheres e travestis no local, segundo a polícia, mas todas elas eram maiores de 18 anos. Na bolsa de uma dessas mulheres, que tem 25 anos, os investigadores encontraram uma porção esfarelada de maconha, que ela alegou que seria para consumo dela e das demais pessoas que fariam uso da casa.
Já no quarto de uma jovem que irá completar 23 anos na próxima semana, e que se apresentou como travesti, a polícia encontrou 14 pinos com cocaína, que estavam guardadas dentro de uma caixa de sapatos. Ela também alegou que o entorpecente seria para uso pessoal.
Investigado
Essa jovem, que seria uma das pessoas que estaria comercializando drogas e promovendo exploração sexual de adolescentes, de acordo com a denúncia, disse aos policiais que o proprietário da casa, que é a outra pessoa apontada na denúncia, não residiria no local atualmente.
A travesti informou ainda que reside no imóvel há aproximadamente 1 mês e que teria arrendado o ponto, pagando R$ 1.500,00 de aluguel por mês. Ela afirmou que todas as pessoas que residem e trabalham no imóvel atualmente são maiores de 18 anos e que controlam individualmente os lucros pelos serviços que realizam.
A travesti reafirmou que faz uso de maconha e cocaína e que os pinos com a droga encontrados no quarto dela seriam presente de um cliente que teria passado pelo imóvel durante a noite. Por fim, afirmou que não tem e nunca teve armas de fogo, além de não saber usá-las.
Prostituição
Já a mulher que estava de posse da maconha informou que residiria no imóvel há dois meses, onde trabalha se prostituindo, mas afirmou que controla sozinha os seus gastos e o que cobra dos clientes. Ela afirmou ser usuária de maconha e cocaína e que a droga encontrada na bolsa dela também seria presente de um cliente, para ela e as demais moradoras fazem uso.
Diante dos depoimentos o delegado que presidiu a ocorrência decidiu por liberar a mulher e a travesti após elas serem ouvidas, entendendo que não havia, no momento, indícios de tráfico de drogas.
Os entorpecentes serão encaminhados para perícia e após a emissão dos laudos será instaurado um termo circunstanciado relacionado à posse do entorpecente, para ser remetido ao Jecrim (Juizado Especial Criminal).