Em Birigui Polícia Federal de Araçatuba e Gaeco fazem operação contra grupo acusado de fraudar seguro de vida
Sexta, 22 Novembro 2024 13:13PF de Araçatuba e Gaeco fazem operação contra grupo acusado de fraudar seguro de vida
A Justiça de Birigui decretou 2 prisões e bloqueou aproximadamente R$ 110 milhões em bens e valores dos investigados
A Polícia Federal de Araçatuba (SP), em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público, deflagrou na manhã desta quinta-feira (21), a Operação Abutre.
O objetivo é cumprir dois mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão contra investigados por supostamente pertencerem a organização criminosa especializada em fraudar seguradoras de vida.
De acordo com o que foi apurado pela reportagem, os agentes saíram às ruas para cumprir as buscas em endereços dos investigados em Araçatuba, Birigui, Buritama, Glicério e Belo Horizonte (MG).
Ainda de acordo com o que foi apurado, os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Birigui, a pedido da PF de Araçatuba, que iniciou as investigações após denúncia da existência do suposto grupo criminoso.
Fraude
Segundo a denúncia, os investigados forjariam vínculos trabalhistas de pessoas falecidas e, em seguida, acionariam e receberiam prêmios dos contratos de seguro firmados pelas empresas vinculadas ao grupo.
Durante a investigação foi apurado que os investigados abriam empresas de fachada para contratar serviços de seguro coletivo de vida, oferecidos por grandes empresas do setor.
Com base em notícias publicadas sobre vítimas de acidente de trânsito fatais, o grupo investigado entraria em contato com os familiares dessas pessoas, que seriam cooptados para participar da fraude.
Tendo a concordância, os investigados utilizavam os documentos das vítimas dos acidentes e os registravam como funcionários das empresas de fachada, que eram abertas no nome de familiares da pessoa apontada como suposta líder do esquema criminoso.
Abutre
O nome Abutre, dado à operação, refere-se justamente à ave que se alimenta de restos mortais, já que a suposta associação criminosa atuaria da mesma forma, procurando vítimas de acidentes de trânsito para cometer os crimes.
Segundo o que foi apurado, as investigações apontaram que o esquema criminoso seria extremamente lucrativo e que o dinheiro obtido por meio das fraudes foram utilizados na compra de imóveis e veículos.
Por isso, a Justiça de Birigui atendeu pedido da PF e, além das prisões e buscas, determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 110 milhões em bens e valores dos investigados e o sequestro do patrimônio identificado como sendo obtido pelos crimes.
Os investigados devem responder por estelionato, falsificação de documento público, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
FONTE: HOJE MAIS
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