A conclusão é por homicídio qualificado por meio cruel (asfixia) e contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino.
O laudo revelou que Taila foi morta entre às 23h do dia 8 de maio e 9h do dia 9. O acusado a teria asfixiado com o uso de um travesseiro.
Ainda de acordo com o inquérito da DDM, Vitor teria permanecido junto ao corpo da vítima por cerca de 12h, período em que utilizou o seu telefone, se passando por ela, na tentativa de ocultar o crime.
Só depois desse período ele ligou para mãe, pedindo que ela fosse até a casa.
Agora, o inquérito passa pela análise do Ministério Público, que poderá ou não oferecer a denúncia contra Victor Nogueira Carvalho por feminicídio.
Prisão
Victor foi preso ao se apresentar no dia 15 de agosto, com seus advogados, na Delegacia Seccional de Andradina, após a expedição de um mandado de prisão preventiva.
Conforme a decisão do relator Marco de Lorenzi, do Tribunal de Justiça de São Paulo, a morte da vítima foi comprovada pelo exame necroscópico, que inclusive “aponta tecnicamente que a morte se deu por meio cruel”.
O relator considerou ainda os fatos extremamente graves, havendo a necessidade de garantir a ordem pública diante da periculosidade do acusado.
Segundo o relator, Victor utilizou um travesseiro para asfixiar sua companheira “deixando-a agonizar até a morte”. “É óbvio que a ordem pública fica ameaçada com homicídas ou supostos homicídas em liberdade. Se presos ameaçam-na, imagine-se se em liberdade!”, declarou o relator.
O caso
A técnica de enfermagem Taila de Souza dos Santos foi encontrada morta em um quarto que fica nos fundos da casa na Rua N, no bairro Novo Horizonte, na noite do dia 9 de maio.
Em depoimento à Polícia, a mãe do suspeito disse que recebeu uma ligação do filho pedindo para chamar o Resgate do Corpo de Bombeiros, pois acreditava que Taila estava morta.
A mulher ainda relatou que Victor disse, por telefone, que deixou a casa com receio de ser preso.
Taila foi encontrada deitada em um colchão no chão do quarto, com sinais de asfixia
Acompanhado de um advogado, Victor se apresentou à polícia no dia seguinte ao crime e foi preso em flagrante suspeito de feminicídio.
De acordo com a Polícia Civil, ele disse que teve um desentendimento com Taila e, durante a briga, afirmou que a esposa desmaiou, mas negou que tenha cometido o assassinato.
Na audiência de custódia, ele negou o crime contra Taila e acabou solto. O juiz o réu primário dele, ter residência fixa e registro em carteira, por isso, não decretou a prisão preventiva.
Mas a decisão foi revertida pelo Tribunal de Justiça, que decretou a prisão preventiva.
FONTE:ILHA DE NOTÍCIAS