O incidente ocorreu quando Veron, que havia retirado seu nome da lista de pré-candidatos, tentou participar da reunião destinada exclusivamente a eles, gerando uma confusão na frente do diretório do partido.
Veron chegou ao local acompanhado por apoiadores e o tumulto se intensificou após a reunião do diretório municipal com os pré-candidatos, que contou com a presença de uma representante do PL estadual. Durante a confusão, até o vidro da janela da sede do partido foi quebrado.
Segundo a direção do PL em Três Lagoas, Veron queria lançar sua candidatura a prefeito na discussão da convenção e colocar em votação, mas a executiva estadual, seguindo determinação nacional, decidiu não lançar candidatura majoritária na cidade, optando por apoiar Dr. Cassiano Maia do PSDB. A direção municipal do partido também informou que Veron teve dois dias para contestar o edital publicado sobre a convenção, na terça-feira (23), mas não o fez dentro do prazo previsto. O edital publicado era claro e específico de que a convenção era para definir os nomes dos candidatos a vereadores e seus respectivos números e também a coligação para a majoritária, não tendo na pauta o assunto candidatura própria do partido no município.
Na lista dos pré-candidatos a vereadores aprovados para disputar as eleições, o nome de Paulo Veron não consta porque, segundo a direção do partido no município, ele havia pedido para retirar seu nome para concorrer a vereador. Ele havia se reunido com o presidente nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto, na tentativa de emplacar sua candidatura a prefeito, mas por enquanto, não teve sucesso.
O PSDB estadual já havia firmado um acordo com o PL nacional e regional para apoiar candidaturas tucanas em Três Lagoas e em outros municípios do Estado, como Campo Grande.
Repercussão
O tumulto na convenção do PL reflete as tensões internas do partido e a disputa por espaços políticos em Três Lagoas. A decisão de apoiar Dr. Cassiano Maia, do PSDB, segue uma estratégia mais ampla do partido em nível estadual, que abre mão de candidaturas próprias em favor de alianças estratégicas com os tucanos.
O PL hoje é o maior partido do país, com maior bancada de deputados federais e, de acordo com informações de bastidores políticos na Capital, o compromisso da direção nacional e os dirigentes do PSDB em MS, a partir do próximo ano e próxima eleição estadual, o PL será o maior partido do Mato Grosso do Sul com a filiação de dezenas de prefeitos, deputados estaduais e federais, além do governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja, que devem disputar a eleição de 2026 à reeleição e Senado Federal pelo PL também.
FONTE: EXPRESSÃO MS