A reportagem tomou conhecimento do caso após a Câmara Municipal divulgar que, por meio da Mesa Diretora, realizou um repasse de R$ 200 mil para a Prefeitura na segunda-feira (28), para que o valor fosse repassado à entidade, que teria sido vítima de hackeamento das contas.
Segundo o que foi informado, o dinheiro foi direcionado especificamente para apoiar a instituição, para parte do pagamento das emendas impositivas que já foram designadas para a entidade por parte dos vereadores. “Ao reconhecerem o papel crucial desempenhado pela associação dentro do município, os vereadores enfatizaram a contribuição da ADJ - Birigui no desenvolvimento da autonomia e independência de indivíduos com diabetes”, informa nota do Legislativo.
Desvios
De acordo com o que foi apurado, entre os dias 14 e 16 de agosto, foram constatadas 12 movimentações financeiras nas contas da instituição, com tentativas de transferir recursos para contas de terceiros. Dessas, cinco foram efetivadas, nos valores de R$ 58 mil, R$ 48 mil, R$ 47,5 mil, R$ 48 mil e R$ 26 mil.
O delegado Eduardo Lima de Paula, responsável pela investigação, explica que o caso foi comunicado na delegacia no dia 16 e a representante da entidade foi ouvida no dia seguinte, quando apresentou as cópias dos comprovantes das transações.
A polícia foi informada que apenas um computador da associação teria acesso ao sistema utilizado para gerenciamento da conta e apenas uma pessoa teria acesso a este computador. Entretanto, três empresas teriam acesso remoto ao equipamento para realizar suporte.
Investigação
O delegado já determinou que as instituições financeiras responsáveis pelas contas beneficiadas com as transações indevidas sejam notificadas sobre o caso e seriam realizadas diligências até à sede da ADJ em busca de mais informações. Com relação ao computador que teria sido usado para as transações, a polícia foi informada que ele foi encaminhado para constatação de eventual acesso indevido e se foi identificado algum vírus.
Também há informação de que Caixa Econômica Federal teria comunicado a Polícia Federal sobre o caso. Por isso, foi encaminhado ofício à Delegacia da Polícia Federal em Araçatuba, com cópia do boletim de ocorrência e demais documentos, e questionando se há algum registro policial ou investigação em andamento para evitar duplicidade do procedimento.
FONTE: HOJE MAIS