Os dois condenados, que já estavam presos, permanecerão em penitenciárias de segurança máxima. O promotor de justiça Adelmo Pinho disse que não vai recorrer da decisão. Os advogados de defesa de Caíque, os criminalistas Alex Sandro Ochsendorf, Vagner Andreline de Freitas e Jair Ferreira Moura disseram que vão recorrer da condenação.
Tiros em bar
Conforme denúncia do Ministério Público, no dia 31 de agosto de 2019, por volta de 18h10, Caiquinho e o comparsa Alexandro da Silva tentaram matar Francis Ramon Pereira da Silva, quando ele jogava baralho em um bar na Rua Salvador Barretos de Menezes esquina com a Rua Arlindo Squiçato.
Na ocasião Caiquinho pilotava uma moto vermelha de alta cilindrada e levava o comparsa na garupa. Eles passaram em frente ao bar confirmaram que o desafeto estava no local. Ambos retornaram com as viseiras do capacete abaixadas e passaram a atirar contra Francis Ramon, que também estava armado e revidou.
Na tentativa de matar Francis Ramos, acabaram atingindo um homem que jogava baralho no bar, com um tiro na nádega. Uma mulher que estava na calçada do outro lado da rua foi atingida na região lombar e um rapaz que passava pelo local no momento do tiroteio foi atingido na coxa. As vítimas foram levadas para o pronto-socorro da Santa Casa e todas sobrevieram.
Revide e atendimento clandestino
Francis Ramos, conforme denúncia do MP, revidou e atirou contra a dupla. Caiquinho foi atingido e ambos fugiram do local. A Polícia apurou que Caiquinho passou por atendimento médico em um hospital particular no centro de Araçatuba, onde o profissional, contrariando a obrigação legal, não comunicou à polícia o atendimento de paciente baleado.
Após passar por atendimento ele foi levado para Fernandópolis, onde passou por outro atendimento, também sem comunicação da equipe médica à polícia sobre o procedimento. Isso motivou instauração de inquérito e inquérito, que está em andamento, contra um advogado e três médicos que motivaram a informação à polícia.
Prisão
Caiquinho foi preso em dezembro de 2021 por Policiais do 12º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) no assentamento Chico Mendes, zona rural de Araçatuba, onde passava o fim de ano escondido, na companhia de familiares.
Na ocasião ele era apontado como um dos chefes do tráfico na zona leste da cidade e investigado em homicídios ocorridos no bairro Água Branca na disputa pelo tráfico, sendo um dos principais alvos das polícias civil e militar.
FONTE: RONDA POLICIAL