O Instituto
O diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero, destacou, que o ISI Biomassa proporcionará à indústria local e de todo o país a possibilidade de usar laboratórios de ponta e a expertise da equipe do instituto. “O projeto é o único no Brasil direcionado ao segmento da biomassa e visa, entre outros serviços, atender a uma demanda da indústria nacional por produtos sustentáveis, que gerem resíduos biodegradáveis. Hoje, empresas instaladas em vários estados, e que atuam em diferentes áreas, buscam fabricar itens que sejam menos poluentes. Essas empresas têm boas ideias, mas desperdiçam a chance de tirar essa inovação do papel em razão da falta de estrutura e profissionais capacitados para tanto. O Instituto Senai de Inovação vem para suprir esta necessidade das empresas”, acrescentou.
As atividades do instituto tiveram início em 2014 que, desde então, funciona a pleno vapor, movimentando a economia do Estado com oportunidades de negócios e gerando competitividade para as indústrias. Foram investidos R$ 35 milhões, entre edificação do espaço físico e aquisição de equipamentos. É a primeira instituição de Mato Grosso do Sul e a segunda da Região Centro-oeste a ser credenciada pela Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), estando apta a receber recursos para desenvolver projetos de inovação e soluções em parceria com empresas.
Até o momento, já foram concluídos nove projetos, totalizando investimento superior a R$ 6,5 milhões. Há outros 16 projetos em fase de contratação e desenvolvimento, que totalizam R$ 9 milhões. O ISI Biomassa conta com um Laboratório de Processos Químicos, dois de Preparo de Matérias Primas, um de Microbiologia, um de Bioquímica e Biologia Molecular, quatro plantas piloto para Processos Biotecnológicos, uma área piloto para Processos Químicos e um Laboratório de Análise Instrumental, como suporte aos demais.
Foi dividido em quatro áreas: Energia e Sustentabilidade, Desenvolvimento de Materiais Orientados a Produtos, Utilização de Resíduos e Engenharia de Processos e Biotecnologia Industrial, e Engenharia de Bioprocessos. Estas áreas devem atender as demandas dos setores de Papel e Celulose, Sucro-Energético, Biocombustíveis e Biodiesel e Químico.
Possui equipamentos de ponta, entre eles de análise de cromatografia gasosa, cromatografia gasosa acoplado a um espectrofotômetro de massa, de cromatografia líquida e FPLC. Há também equipamentos para análise térmica e espectrofotômetros.
Nos laboratórios destacam-se os reatores de hidrólise a alta pressão e alta temperatura, construídos em liga especial para suportar condições severas, os fermentadores, os biorreatores de sacarificação e fermentação simultânea, o fotobioreator – para cultivo de microalgas, os reatores de pirólise, a briquetadeira e a peletizadora, equipamentos específicos para biologia molecular (PCR, eletroforese, fotodocumentadora), moinhos e ultrafreezers a -80oC.
Há também duas câmaras frias para estocagem de materiais sensíveis ao calor e a degradação. A equipe científica conta com oito pesquisadores, seis deles doutores, dois mestres, dois técnicos de nível superior e estagiários.
(*) Assessoria de Comunicação