O entrevistado de hoje é Willian Francisco Da Silva, 29, Agente da Policial Civil do Estado São Paulo, integrante do (Setor de Investigações Gerais) de Mirandópolis, e policial do G.O.E. (Grupo de Operações Especiais) da Seccional da Andradina.
Nascido em Mirandópolis-SP, o jovem estudioso conta como foram árduos os caminhos para chegar até seu atual cargo e sua trajetória para trabalhar na sua cidade natal. “É a honra e o compromisso com o cargo que fazem os bons policiais se tornarem melhores”, avalia.
Com muita dedicação nos estudos também levou à aprovação nos concursos de Soldado e Oficial (APMBB – Academia de Polícia Militar do Barro Branco) ambos da polícia militar, mas o investigador optou por seguir carreira na Polícia Civil.
Confira a entrevista completa:
DM – Como foi a escolha da profissão e dar a notícia para a família.
Willian – Sou filho de Policial Militar, Sargento Altair, fui criado em uma casa que o regime militar era presente, cresci vendo meu pai na luta diária contra a criminalidade, e cada dia mais admirava a profissão, não tive dúvidas no que queria ser. É o que diz a frase: “Palavras convencem, exemplos arrastam, mas só o caráter tratado consolida”.
“É uma profissão de risco, mas eu amo o que eu faço.
Acredito que tenho um dom voltado para ajudar a sociedade”.
DM – Qual a maior recompensa após um caso resolvido?
Willian – “A maior recompensa é receber um ‘muito obrigado’ do cidadão. Nem sempre é possível evitar o trauma, por ter sido roubado ou furtado, mas o sorriso da vítima quando a chamamos na delegacia e avisamos que recuperamos aquilo que lutou muito pra conquistar é uma recompensa. É trazer de volta, pelo menos um pouco, a dignidade da vítima”.
DM – Quais caminhos que precisou trilhar para chegar onde está?
Willian – O caminho de estudos. E não parei, estou cursando o ensino superior de Investigação Forense e Perícia Criminal. “Acredito que a busca pelo conhecimento nunca será demais, esse curso é uma especialização para meu trabalho”.
O curso está voltado para a investigação (Investigador) e para perícia (Perito Criminal), trabalha diretamente na investigação de crimes e acidentes, é o profissional responsável por coletar evidências e analisar cenas, corpos e outros elementos. Ele utiliza métodos específicos e pesquisas minuciosas para solucionar as circunstâncias, motivações e eventos da investigação. Também transforma os vestígios em provas técnicas ou periciais e laudos para serem utilizadas em julgamentos.
Com disciplinas base como Direito, Filosofia, Sociologia e Ética, e disciplinas específicas como Perícia Forense, Investigação e Criminologia, realiza atividades inerentes à profissão e dá suporte para trabalhar de forma multidisciplinar.
Formado pelo Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo (DEINTER 8 – Presidente Prudente) e com estágios policiais na CPJ (Central De Polícia Judiciaria) e no departamento especializado DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e nas delegacias especializadas DIG (Delegacia de Investigações Criminais) e DISE (Divisão de Investigações sobre Entorpecentes).
DM – Como é trabalhar na sua cidade?
Willian – Vim para minha cidade prestar o melhor serviço possível para os mirandopolenses de bem. Dois meses após a minha chegada, fui convidado a participar do Grupo de Operações Especiais – G.O.E., que atua em toda área da Seccional de Andradina, que abrange Lavínia até Ilha Solteira-SP, entretanto atua com prisões no Brasil todo, o grupo é uma unidade de recursos especiais e tem por atribuição básica prestar auxílio às autoridades policiais e seus agentes no desempenho das missões de polícia judiciária afetas à Polícia Civil.
Esse auxílio normalmente se dá quando essas autoridades e agentes tenham que desenvolver atividades que, por sua complexidade, não possam ou não tenham recursos materiais adequados para realizar. Cabe ao G.O.E. as atividades de policiamento preventivo especializado.
DM – Existem muitos desafios na profissão?
Willian – Sem dúvidas, o maior desafio, é a defasagem de funcionários, de recursos pessoais. Muitas vezes temos que executar o trabalho equivalente a dois ou três funcionários, mas isso não impede que o trabalho seja feito, e bem feito. Acredito que um futuro próximo isso possa mudar, confio que abrirá novos concursos, não apenas para repor o efetivo, mas sim, para chegar a um número expressivo de policiais.
DM – A seriedade e competência de Willian foi afirmada pelos colegas de trabalho:
“O Agente Policial, Willian Francisco da Silva, iniciou seus trabalhos na Delegacia de Polícia de Mirandópolis no final de junho do ano passado (2022), e para nós foi uma grata surpresa e satisfação a sua chegada, ainda mais tratando-se de um policial extremamente competente e dedicado, não medindo esforços em todas as tarefas a que lhe são impostas.
O Willian pelo que a gente percebe é o que a gente chama de “policial vocacionado”, pois tem um zelo e uma dedicação por aprender e por praticar o trabalho policial investigativo fora do comum.
O trabalho dele veio somar em muito para a qualidade dos trabalhos aqui realizados, principalmente os trabalhos que demandam um pouco mais de conhecimento tecnológicos, pois ele possui facilidade com o tema, e quando não sabe algo a respeito, não hesita em pesquisar e buscar uma solução para o caso.
Diante da experiência e do traquejo que ele possui com questões mais atuais (investigação criminal tecnológica), ele vem sendo bastante utilizado nessa seara, seja na análise e produção de relatórios diversos que envolvam dados oriundos do universo digital, que é a tônica da vez, pois é um “nicho” de mercado para a criminalidade hoje (criminalidade tecnológica), e é o nosso grande desafio, acompanhar as evoluções do criminoso que atua nessa modalidade, vide diversos golpes (estelionatos, furtos), praticados pela internet, e/ou por equipamentos eletrônicos, celulares etc.
O que eu tenho de mensagem para o Willian é que ele continue sempre com essa gana, essa dedicação, pois a Polícia Civil e a Sociedade precisam disso, de pessoas dedicadas, que não medem esforços para aprender, que busca inovação, e que não hesita em cumprir suas funções sempre da melhor maneira, sempre no intuito de melhor servir o destinatário dos nossos serviços, a população.
Eu faço votos de que ele cresça e se desenvolva muito na carreira, e que ser for de sua vontade que permaneça na instituição, ou que caso for alçar novos horizontes, tenho certeza de que sempre será muito feliz e realizado onde quer que esteja.
Tenho certeza de que ele é um policial extremamente vocacionado e que honra em muito a nossa instituição Polícia Civil, em especial aqui em nosso Município (Mirandópolis)” palavras de Thiago Rodrigues Barroca, 37 anos, Delegado Titular da Polícia Civil de São Paulo em Mirandópolis.
Allan Mendonça
Jornalista MTB 61494