Dez agentes do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Rio Preto foram transferidos pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). Eles são acusados de participarem de um esquema de corrupção, favores sexuais e facilitação para que uma facção criminosa dominasse o presídio de regime semiaberto. Os nomes dos servidores foram publicados no Diário Oficial do Estado, em 1º de março. Além dos funcionários estaduais, 63 reeducandos foram removidos horas depois da deflagração da maior Operação Pente-Fino que se tem notícia na unidade prisional. Há aproximadamente um mês, segundo apurou a reportagem do Dhoje, o diretor geral do CPP foi afastado e seu substituto passou a investigar as denúncias. Uma fonte contou ao jornal que, com o apoio da Inteligência Penitenciária, foi possível reunir provas de irregularidades administrativas e crimes cometidos por servidores. De acordo com a investigação, foram comprovados casos de arquivamento de faltas graves, venda de informações privilegiadas para organização criminosa, facilitação e entrega de drogas dentro do presídio e até favores sexuais com sentenciados em troca de dinheiro. Procurada pela reportagem, a Secretaria de Administração Penitenciária declarou, por meio de nota, que “a apuração sobre os fatos relacionados à operação realizada no Centro de Progressão Penitenciária “Dr Javert de Andrade” de São José do Rio Preto está em andamento, não podendo ser divulgadas mais informações, para não atrapalhar as investigações”. REVISTA O CPP rio-pretense tem capacidade para receber 1.079 detentos e no dia da blitz contava com 1.876 presos. A revista no CPP, realizada pelo Grupo de Intervenção Rápida (GIR) da SAP, resultou na apreensão de 218 aparelhos celulares, 906 porções de maconha e 106 de cocaína, além de outros itens não permitidos. Da REPORTAGEM – Dhoje Interior