Um andradinense é preso pela Polícia Federal na operação que investiga suspeitos de planejar morte de Moro e outros agentes

Sábado, 08 Abril 2023 07:44
Com G1 e CNN
 

PF prende nove pessoas em operação que investiga suspeitos de planejar morte de Moro e outros agentes públicos, entre eles uma pessoa em Andradina

 

A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta quarta-feira (22), pelo menos nove pessoas suspeitas de integrar uma facção criminosa que planejou a morte de agentes públicos e autoridades, entre elas o senador Sérgio Moro (União Brasil). Uma delas em Andradina que foi detida às 7h da manhã pela PF no barracão, segundo fonte do H+ Andradina.

A Operação Sequaz cumpre 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão nos estados de São Paulo, Paraná, Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. De acordo com apuração do g1 Campinas e da EPTV, afiliada da TV Globo, a maior parte dos alvos está na região de Campinas.

Dos nove presos, seis foram detidos na região de Campinas após a execução de mandados de prisão, além de um homem preso em flagrante com documento falso. Outras duas pessoas foram presas em Guarujá (SP) e São Paulo.

 
PF encontrou cofre durante Operação Sequaz (PF/Divulgação)

Veja o balanço dos mandados de prisão e busca e apreensão no estado de São Paulo:
Americana - 1
Sumaré - 7
Hortolândia - 2
Santa Bárbara d'Oeste - 2
Nova Odessa - 1
São Bernardo do Campo - 1
Diadema - 1
Guarujá - 7
Andradina - 1

Os seis presos da região, quatro homens e duas mulheres, foram levados para a Delegacia da Polícia Federal em Campinas. Segundos os investigadores, até por volta de 9h40 estavam confirmados mandados contra os seguintes suspeitos (outros nomes não foram divulgados):
Janeferson Aparecido Mariano; Patrick Uelinton Salomão; Valter Lima Nascimento; Reginaldo Oliveira de Sousa; Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan; Claudinei Gomes Carias; Herick da Silva Soares; Franklin da Silva Correa.

O nome do andradinense preso nesta quarta-feira (22), às 7h, não foi revelado ainda.

A facção atua dentro e fora dos presídios brasileiros e internacionalmente. Quando era ministro de Segurança Pública, no governo Bolsonaro, Moro determinou a transferência do chefe da facção, o Marcola, e outros integrantes para presídios de segurança máxima. À época, o senador defendia o isolamento de organizações criminosas como forma de enfraquecê-las.

Além de homicídio, os suspeitos pretendiam sequestrar autoridades públicas, segundo a PF. Os policiais identificaram ainda que os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea. Outro alvo do grupo era Lincoln Gakyia, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente (SP).

De acordo com as investigações, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea nessas cinco regiões. Os principais investigados se encontram nos estados de São Paulo e Paraná.

São cerca de 120 policiais federais que cumprem 21 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.

Até o momento, foram nove presos  – sendo seis homens e três mulheres -, todos em São Paulo. Os outros dois procurados com mandado de prisão expedido são do Paraná.

Em São Paulo, durante as buscas, a PF apreendeu joias, dinheiro em espécie guardado em um cofre, celulares, uma moto e um carro de luxo.

Moro se manifestou nesta manhã, pelas redes sociais, falando sobre a operação e disse que comentará o tema na tribuna do Senado.

“Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do Senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado”, escreveu o ex-juiz.

 
 

O ministro da Justiça, também foi às redes sociais comentar as prisões. “Foi investigado e identificado um plano de homicídios contra vários agentes públicos (dentre os quais um senador e um promotor de Justiça). Hoje a Polícia Federal está realizando prisões e buscas contra essa quadrilha”, escreveu Dino, sem citar Moro.

 
 
 
 

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