Atendimento médico na rede pública de Andradina gera indignação

Quarta, 14 Dezembro 2022 14:14

Depois de ter um aborto no banheiro da UPA de Andradina, paciente ainda sofreu com dores até que na UPA de Três Lagoas encontrou o problema, foi operada e está nas 24h pós cirúrgica na UTI do Hospital Nossa Senhora Maria Auxiliadora

 

O relato de uma mãe coloca mais uma vez a situação que os andradinenses passam quando necessitam de utilizar a saúde pública na cidade.

"Venho a público deixar a minha indignação  e revolta com o atendimento médico da nossa cidade, aliás  não foi a primeira vez", começa assim o desabafo de Aparecida Santana Salatino.

 

Ela relata que desde o último dia 04, a família procura atendimento médico na UPA de Andradina para a filha que até então estava com cerca de 8 semanas de gestação e se encontrava com dores abdominais fortes. A gravidez fora confirmada por exames laboratorias, porém no ultrasom, de acordo com o médico que a realizou, não fora visualizado na ultrassom, pois ainda estava numa gestação inicial. Nesse dia, enquanto ela aguardava ser atendida na UPA Andradina, ela teve o aborto alí mesmo no banheiro da Unidade de Pronto Atendimento.

Então, foi atendida por uma doutora que a liberou para casa, dizendo que era um aborto completo e a afastou por cinco dias do trabalho. Porém as dores abdominais não cessavam e ela estava apresentando  desmaios. Mas, no dia 09, retornou ao trabalho, porém teve um desmaio na Empresa onde trabalha e foi socorrida rapidamente pelos amigos de serviço  e trazido ao UPA pelo Supervisor do Setor.  A família agradece a rapidez com que os funcionários da empresa prestaram atendimento a jovem.

Nesse dia, a mãe relata que encontraram um médico disposto a resolver o problema dela, Dr Isac não mediu esforços para ajudar. Depois de todosos procedimentos de praxe, ele encaminhou ela para internação e avaliação  com o obstetra já que seria o profissional dessa área com todos os exames em mãos (inclusive  tomografia), essa que foi feita no Hospital  Estadual de Mirandópolis, porque precisava da autorização  do Ciensp para ser realizada em Andradina.

Chegando na Santa Casa de Andradina, ela ficou a noite sendo avaliada e foi examinada, saindo com hipótese de ser constipação intestinal e o pedido de uma ultrassom, que seria feita na terça-feira (13). Porém, no domingo (11), ela se encontrava em Três Lagoas e apresentou desmaio novamente, sendo socorrida pelos médicos da UPA de Três Lagoas, que de imediato encaminhou para o Centro Cirúrgico do Hospital  Nossa Senhora Auxiliadora, onde partiram para a cirurgia, pois não havia tempo para mais exames.

Foi então, que eles descobriram, após abrir a barriga da jovem, que o bebê não estava sendo gerado no útero e sim na trompa, como ela teve aborto a trompa ficou aberta e jorrando sangue. Como tinha muito sangue localizado, eles optaram por retirar uma das trompas. E, nesse momento, segunda-feira (12), a jovem encontra-se na UTI pelas 24hs do pós cirúrgico. A família pede orações pelo pleno estabelecimento da jovem. E, indignada, a mãe contou a história em sua rede social para alerta a todos que trabalham na saúde que eles tem responsabilidade, seja no setor público ou privado, de atender bem e com dignidade a todos os pacientes.

JURAMENTO HIPOCRÁTICO

Todos os recém formados em universidades brasileiras fazem o juramento de Hipócrates, vale a pena lembrar e mostrar a importância de segui-lo:

"Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacéia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e sem contrato escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes. Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza à perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva. Conservarei imaculada minha vida e minha arte. Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam. Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução, sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados. Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça."

 

FONTE: HOJE MAIS 

 

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