A reportagem encaminhou mensagem à assessoria de imprensa da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) na manhã deste sábado (8), após tomar conhecimento do crime, que teria ocorrido na cela 1 do pavilhão disciplinar.
Em nota, a secretaria informou que por volta das 6h de sexta-feira (7), durante a contagem dos presos, um dos reeducandos de uma das celas do setor de inclusão não respondeu ao chamado. Ao verificar o que havia ocorrido, os agentes de segurança penitenciária constataram Aprigio estava morto.
Ainda de acordo com a SAP, outro custodiado que ocupava a mesma cela assumiu a autoria do crime, alegando que se desentendeu com a vítima e no calor do momento acabou assassinando-a.
Dois investigados
A Pasta informou que a cela foi isolada, a área preservada e os demais sentenciados retirados e separados para a realização de perícia, que foi acompanhada por equipe da Polícia Civil.
A reportagem apurou que apesar de um dos colegas de cela ter se apresentado assumindo a autoria do assassinato, durante a investigação a polícia apurou com provas materiais e testemunhais, que o homicídio foi praticado por outros dois detentos, por asfixia e motivo fútil.
Os acusados foram identificados e presos em flagrante pelo delegado que presidiu a ocorrência. O corpo de Aprigio passaria por exame necroscópico antes de ser liberado para velório e enterro.
Homicídio
Em pesquisa no site do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), a reportagem apurou que ele foi condenado a 12 anos de prisão por homicídio cometido em 2014, na cidade de Sumaré, tendo como vítima Jeffane Youxima Santos de Deus.
Ele foi denunciado por homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi atingida com um golpe de faca quando estava de costas, pegando uma bebida. Aprigio foi julgado pelo Tribunal do Júri em fevereiro de 2015, recorreu da decisão, que foi mantida pelo TJ-SP, em julgamento ocorrido em setembro de 2016.
A reportagem apurou que até agosto deste ano o sentenciado cumpria pena no regime semiaberto na penitenciária Nestor Canoa, em Mirandópolis. Porém, no início de setembro, após cometer falta grave, teve a progressão de regime sustada e retornou para o regime fechado.