O Hojemais Araçatuba publicou matéria a respeito do caso após o estudante registrar boletim de ocorrência na primeira semana de setembro. Após a denúncia, a DE (Diretoria de Ensino) de Penápolis afastou a professora do cargo.
Na ocasião, a Secretaria de Educação do Estado divulgou nota informando que o Conselho Tutelar foi acionado após inúmeras tentativas de contato com os responsáveis pelo aluno, quando ele deixou de frequentar as aulas.
Entretanto, a reportagem apurou que o Conselho Tutelar de Clementina só teria tomado conhecimento do caso no último dia 13, quando foi à escola após denúncia de que ocorreria um massacre no local.
Durante atendimento a esse caso, o órgão teria tido conhecimento da denúncia de cárcere privado feita pelo estudante. A partir de então, conselheiros tutelares teriam procurado o jovem, mas a informação obtida foi de que ele teria deixado a cidade.
Investigação
A reportagem fez contato com a Polícia Civil de Clementina, que confirmou ter informações de que o jovem teria deixado a cidade. Ele foi ouvido apenas quando registrou o boletim de ocorrência, mas o caso segue sendo investigado para apuração e esclarecimentos dos fatos, segundo o delegado responsável.
Ele informou que mantém contato com a Polícia Civil de Penápolis, porque após o registro da ocorrência do suposto cárcere privado em Clementina, a professora, que mora em Penápolis, também registrou um boletim de ocorrência na cidade, onde reside.
Perseguição
A professora disse à polícia que lecionou para o estudante em 2021, ele teria tentado comprar alguns cães dela, mas a negociação não teria dado certo e por isso teria passado a ser perseguida.
Na denúncia feita à polícia, ela alega que recebeu ameaças de morte por parte do estudante e da mãe dele, e que eles teriam “inventado" para o diretor da escola que ela o havia levado para a casa dela, tido um caso com ele e o mantido em cárcere privado.
Ainda na versão dela, a denúncia feita pelo estudante à polícia tem como finalidade prejudicá-la no trabalho.
Cárcere
Já na versão do estudante, ele alega que estudava na escola desde 2019 e teve aula com a professora em 2021 e 2022. Ele disse ainda que em fevereiro deste ano, quando tinha 17 anos e a professora 36, passaram a ser amigos.
As conversas teriam começado na escola e pelo WhatsApp, ela o teria convidado para sair em Penápolis e ao aceitar, o levou para a casa dela, de onde teria saído somente em 22 de agosto.
Medida protetiva
A reportagem apurou que dois dias antes, a mãe da professora procurou a polícia em Penápolis e registrou um boletim de ocorrência confirmando que o estudante estava na casa dela.
Na ocasião, ela disse que foi ameaçada pelo jovem e requereu que fossem concedidas medidas protetivas contra o rapaz, que teria um relacionamento amoroso com a filha dela, e que a filha dela não representaria criminalmente contra ele. Não há informações sobre o andamento dessa denúncia.
FONTE: HOJE MAIS