Polícia Civil de Clementina e Penápolis se unem na investigação de suposto cárcere privado de aluno por professora

Sexta, 30 Setembro 2022 14:38

Conselho Tutelar não teria sido comunicado de desaparecimento de aluno; após denúncia, ele teria sido mandado para outro Estado pela família

 

A Polícia Civil de Clementina e de Penápolis (SP) devem trabalhar em conjunto na investigação da denúncia de suposto cárcere privado feito por um jovem de 18 anos contra uma professora que dava aula para ele em uma escola estadual de Clementina.

Hojemais Araçatuba publicou matéria a respeito do caso após o estudante registrar boletim de ocorrência na primeira semana de setembro. Após a denúncia, a DE (Diretoria de Ensino) de Penápolis afastou a professora do cargo.

Na ocasião, a Secretaria de Educação do Estado divulgou nota informando que o Conselho Tutelar foi acionado após inúmeras tentativas de contato com os responsáveis pelo aluno, quando ele deixou de frequentar as aulas.

Entretanto, a reportagem apurou que o Conselho Tutelar de Clementina só teria tomado conhecimento do caso no último dia 13, quando foi à escola após denúncia de que ocorreria um massacre no local.

Durante atendimento a esse caso, o órgão teria tido conhecimento da denúncia de cárcere privado feita pelo estudante. A partir de então, conselheiros tutelares teriam procurado o jovem, mas a informação obtida foi de que ele teria deixado a cidade.

Investigação

A reportagem fez contato com a Polícia Civil de Clementina, que confirmou ter informações de que o jovem teria deixado a cidade. Ele foi ouvido apenas quando registrou o boletim de ocorrência, mas o caso segue sendo investigado para apuração e esclarecimentos dos fatos, segundo o delegado responsável.

Ele informou que mantém contato com a Polícia Civil de Penápolis, porque após o registro da ocorrência do suposto cárcere privado em Clementina, a professora, que mora em Penápolis, também registrou um boletim de ocorrência na cidade, onde reside.

Perseguição

A professora disse à polícia que lecionou para o estudante em 2021, ele teria tentado comprar alguns cães dela, mas a negociação não teria dado certo e por isso teria passado a ser perseguida.

Na denúncia feita à polícia, ela alega que recebeu ameaças de morte por parte do estudante e da mãe dele, e que eles teriam “inventado" para o diretor da escola que ela o havia levado para a casa dela, tido um caso com ele e o mantido em cárcere privado.

Ainda na versão dela, a denúncia feita pelo estudante à polícia tem como finalidade prejudicá-la no trabalho.

Cárcere

Já na versão do estudante, ele alega que estudava na escola desde 2019 e teve aula com a professora em 2021 e 2022. Ele disse ainda que em fevereiro deste ano, quando tinha 17 anos e a professora 36, passaram a ser amigos.

As conversas teriam começado na escola e pelo WhatsApp, ela o teria convidado para sair em Penápolis e ao aceitar, o levou para a casa dela, de onde teria saído somente em 22 de agosto.

Medida protetiva

A reportagem apurou que dois dias antes, a mãe da professora procurou a polícia em Penápolis e registrou um boletim de ocorrência confirmando que o estudante estava na casa dela.

Na ocasião, ela disse que foi ameaçada pelo jovem e requereu que fossem concedidas medidas protetivas contra o rapaz, que teria um relacionamento amoroso com a filha dela, e que a filha dela não representaria criminalmente contra ele. Não há informações sobre o andamento dessa denúncia.

 

FONTE: HOJE MAIS 

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