Em nota ao G1, a SAP informou que houve um “ato de insubordinação” no momento em que a presa, que havia cometido falta disciplinar, estava sendo encaminhada para o Pavilhão Disciplinar.
“No momento em que era conduzida, se desenvencilhou das algemas e passou a desferir golpes com estilete artesanal, confeccionado com apontador de lápis, vindo a ferir as agentes que realizavam sua escolta.
Após contida por outras servidoras, a reeducanda foi encaminhada para o Pavilhão Hospitalar para exame de saúde, permanecendo isolada preventivamente. As ASPs [agentes de segurança penitenciária] feridas foram encaminhadas ao Pronto-socorro para atendimento médico”, esclareceu a SAP ao G1.
Segundo a pasta estadual, a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista já está com as portas das celas totalmente automatizadas e a ocorrência se deu durante o trânsito da presa entre os pavilhões.
“Ressalvamos também que serão instaurados procedimentos apuratório disciplinar e preliminar para elucidação dos fatos. Ainda em decorrer dos fatos a unidade teve as visitas suspensas no último final de semana”, salientou a SAP ao G1.
A Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, de acordo com os dados da SAP, possui capacidade para 708 presas, mas conta atualmente com uma população carcerária de 1.186 mulheres. Também existe na unidade uma Ala de Progressão Penitenciária com capacidade para 72 presas e população atual de 160.
Protesto
No domingo (15), cerca de 70 agentes penitenciários realizaram, em frente à Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, uma manifestação pacífica em repúdio às agressões sofridas por funcionários da categoria.
Conforme o presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado São Paulo (Sifuspesp), Fábio César Ferreira, foram registrados somente neste mês oito casos de trabalhadores agredidos. Ao G1, Ferreira declarou que os funcionários agredidos estão abalados.
Na nota encaminhada ao G1 nesta segunda-feira (16), a SAP informou que “todas as unidades prisionais operam dentro das normas de disciplina e segurança”.
“Destacamos também que todos os servidores são treinados para exercerem suas funções de forma a agir defensivamente em qualquer tipo de agressão que eventualmente venha a ser praticada por presos e presas”, ressaltou a pasta estadual ao G1.
Sindcop também está fazendo a sua parte, expediu oficio a Unidade e está dando atendimento as vítimas.
fonte: G1