Ao confirmar as desativações ao 018 News ele alegou escassez de recursos financeiros para continuar mantendo o projeto social.
“A pandemia que já dura mais de um ano afetou demais a economia do país, em especial os setores de prestação de serviços e alimentação que tiveram suas portas fechadas por um longo tempo. Com os meus negócios não foi diferente e isso afetou o recurso que tinha para destinar ao projeto”, explica Saraiva.
Segundo ele, mesmo com dificuldade devido ao alto custo das casas ainda arrastou a manutenção dos pontos de apoio aos doentes por 18 meses. Mas alegou que agora não consegue mais tocar os projetos.
“Está sendo muito difícil desistir de uma coisa que idealizamos, que fez bem a tanta gente. Mas essa é a nossa realidade”, completa o ex-vereador.
O custo mensal de cada um dos imóveis gira em torno de R$ 10 mil. Nas casas os doentes encontram cama, chuveiro, cozinha equipada, alimentação, máquina de lavar roupas, ventiladores, ar condicionado e até sinal de internet. Os espaços conseguem abrigar em média 20 pessoas cada um, simultaneamente.
“Nossa meta sempre foi acolher os doentes e seus acompanhantes da maneira mais humanizada possível. Essa foi a forma que encontramos para amenizar a dor causada pelo tratamento dos doentes que nos procuram de várias partes do país”, explica a gestora das casas, Rosi Fiumari.
ÚLTIMO ATENDIMENTO
A casa de apoio de Jales, que ficou aberta por 10 anos, fez o último atendimento no sábado passado (17). O imóvel passa agora por reforma e será devolvido nesta quarta-feira (21). Os móveis e demais utensílios usados para equipar a casa já foram doados.
Rosi disse que o mesmo deve ocorrer em um curto espaço de tempo com a casa de apoio de Barretos, cujo funcionamento foi por 12 anos. “Lá estamos negociando o encerramento do contrato de locação e resolvendo a indenização trabalhista dos funcionários. Não marcamos o fechamento, mas ele vai acontecer”, enfatizou.
FISIOTERAPIA
O serviço de fisioterapia que funciona em Araçatuba também está na lista de fechamento. Sem uma previsão de data para encerrar atendimento, o local gera despesa de cerca de R$ 20 mil mensais e devido ao custo também será extinto, pontuou Cido Saraiva.
A prestação de serviço de fisioterapia existe há sete anos e atende uma média de 70 pacientes por dia. Os pacientes pagam apenas uma taxa simbólica pelo atendimento com profissionais especializados.
“Embora o imóvel seja próprio, entramos em sofrimento para manter todos os profissionais que são registrados e as demais despesas”, finaliza Saraiva.
FONTE: 018NEWS