A 1ª Vara Especializada de Crime Organizado da Capital acatou integralmente a denúncia fruto da segunda fase da Operação Jiboia, realizada pela Força-tarefa X do Gaeco essa semana. A operação tem como objetivo investigar a existência e funcionamento da “Sintonia Restrita”, célula do PCC que levantada dados e a rotina de autoridades públicas.
A facção criminosa acompanhava os passos de um promotor de Justiça, um deputado estadual, dois ex-secretários da Administração Penitenciária e um coordenador da pasta, para cometer atentados contra a vida e contra as instituições em que atuam.
A partir das informações colhidas na primeira fase da Operação Jiboia, em 3 de maio de 2019, foi possível identificar responsáveis por setores importantes da organização criminosa que estavam em liberdade:
• “Jó”, responsável pelo “Resumo Disciplinar Externo do Sistema”, com atribuição para realizar o julgamento dos integrantes da facção que estão presos, resultando em recorrentes espancamentos, torturas e homicídios;
• “Carlão”, responsável pelo “Setor Territorial”, com atribuição para promover a expansão do PCC nos demais Estados da Federação;
• “i30”, responsável pelo “Resumo do Progresso”, com atribuição para tráfico ilícito de drogas da facção criminosa;
• “Hiphop”, responsável pelo “Setor do Raio-X”, espécie de conselho deliberativo composto pela liderança de cada setor da facção; e
• “Bulgari”, responsável pela “Sintonia Final da Rua”, com atuação decisória final e responsabilidade pelas principais diretrizes da cúpula que se encontra no sistema prisional.
O indivíduo de vulgo “Tuta”, também responsável pela “Sintonia Final da Rua”, igualmente identificado, foi denunciado no âmbito da Operação Sharks pela Força-tarefa X.
Na segunda fase da operação, realizada no dia 22 de junho, a Força-tarefa X cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, na capital e nas cidades de Guarulhos, Iperó e Praia Grande, e cinco mandados de prisão preventiva, todos expedidos pela 1ª Vara Especializada de Crime Organizado da Capital, inclusive em relação a dois investigados que estavam presos na Penitenciária de Venceslau II. Um alvo da operação permanece foragido.
No decorrer das investigações, foram apreendidos celulares, dispositivos eletrônicos, vasta documentação relacionada à atuação da facção, aproximadamente 15kg de drogas (cocaína e maconha) e R$ 182.620,00 em espécie, proporcionando o oferecimento de denúncia contra cinco integrantes do PCC.
FONTE: sifuspesp