Apesar dos grandes prejuízos notórios infligidos às vitimas, não há em contrapartida por parte da sociedade, nenhuma espécie de interesse pela questão. Ao que parece, perante essa insensibilidade social, a falha não é errada, desde que aconteça com os outros.
Há exatos dois anos, completados dia 06 de março, a vida da vereadora se transformou em um caos. Ela foi presa, acusada de chefiar um grupo criminoso de tráfico de drogas no município. Foram seis meses de prisão em regime fechado e passando por todo o tipo de humilhação.
Marisa Rocha foi ferida em sua honra, teve seu psicologico abalado, perdeu seu mandato de vereadora, dentre outras situações negativas que teve de enfrentar até que a verdade fosse restabelecida.
Com decisões de 1ª e 2ª, a última, proferida esta semana, Marisa Rocha foi absolvida de todas as acusações que lhes foram imputadas. A pergunta é: E, agora? Quem irá devolver todos os prejuizos, morais, psicologicos e financeiros sofridos por Marisa Rocha?
A decisão que absolveu Marisa é definitiva e não cabe mais recursos.
Leia parte da decisão onde a Justiça não reconhece como verdadeira nenhuma das acusações que levou a parlamentar e líder comunitaria para atrás das grades:
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado, não cabe ao Ministério Público tentar resgatar fatos que aconteceram no ano de 2013, para tentar acusar e condenar a vereadora Marisa Rocha.
Ainda de acordo com informações repassadas pelo TJ, as ligações de Marisa com Tatiane, mostra que ambas eram apenas parentes, tornando o contato justificado, e que Marisa não tinha conhecimento dos atos ilícitos de Tatiane, assim também como era procurada por outros familiares, para orientações e apoio.
O TJMS, também reconhece que a Vereadora Marisa Rocha era procurada por pessoas para prestar ajuda em casos de grande repercussão, como foi o caso de Maika Luzia, onde iniciou as investigações que culminou na prisão e neste processo penal.
Conhecida como "vereadora dos bandidos", o TJMS mais uma vez reconhece que este chamado se dá em decorrência "do auxílio que presta às pessoas pobres, muitas vezes contrária à atuação policial, o que poderia dar a ideia de apoio aos "bandidos".
TJMS ainda ressalta que "Na análise dos aparelhos celulares apreendidos com a Marisa nada foi encontrado que a vinculasse a nenhuma organização criminosa, à prática do tráfico de drogas ou de qualquer outro ato ilícito." Ou seja, insuficientes as provas para acolher o pedido do MP.
FONTE: FOLHA TRÊS LAGOAS
