Os presos estavam escavando a parede aos poucos em um local onde, meses atrás, já havia ocorrido uma tentativa de fuga. Eles escavavam poucos centímetros por dia e cobriram o buraco com uma massa feita com creme dental, papel e cinza de cigarros, de forma que a tonalidade ficava idêntica à cor das paredes da cela.
Foi instaurado um Inquérito Policial para apuração dos fatos, no qual dois, dos 12 presos daquela cela, foram indiciados por crime de dano contra o patrimônio público, pois admitiram à autoridade policial serem os autores da escavação na parede. Eles confessaram que retiraram pequenos pedaços de arame da tela que recobre o pátio de banho de sol da carceragem e rasparam as paredes com o metal que, conforme se desgastava, era dispensado junto com os restos de marmita até que fossem retirados novos fragmentos no próximo banho de sol.
Foram indiciados THIAGO MAGALHÃES DOS SANTOS SILVA, 22 anos, preso pela Polícia civil há quinze dias, acusado de tráfico de drogas e JEFERSON FELICIANO PERLUIZ, 35 anos, preso por tentativa de furto.
Ambos admitiram ter agido sozinhos, sem a participação dos demais internos. Um dos indiciados também será investigado por integrar organização criminosa, pois em seu interrogatório disse ser integrante da fação criminosa denominada Primeiro Comando da Capital, que atua dentro e fora dos estabelecimentos prisionais. Ele afirmou ter sido batizado na facção criminosa em dezembro de 2016, na colônia penal de Três Lagoas.
Atualmente a carceragem da Delegacia de Polícia de Brasilândia conta apenas com uma cela, pois a outra foi destruída durante uma rebelião de presos no mês de Agosto passado.
fonte: PC MS
