Skaf recebe alunos do Sesi-SP campeões de torneio internacional de robótica

Quinta, 21 Setembro 2017 07:30

Paulo Skaf com equipes de robótica do Sesi-SP premiadas em torneio no Reino Unido. Foto: Everton Amaro/Fiesp
Foto: Everton Amaro/Fiesp

Alex de Souza, Agência Indusnet Fiesp

Recém-chegados do Reino Unido, com três prêmios na bagagem e a felicidade estampada no rosto, alunos das equipes Sesi Jedi’s, de Jundiaí, e Sesi Fênix, de Bauru, se apresentaram ao presidente da Fiesp e do Sesi-SP, Paulo Skaf, na manhã desta quarta-feira (28 de junho).

Eles vieram diretamente do Aeroporto Internacional de Guarulhos para falar sobre sua participação no Open International United Kingdom, um dos principais torneios de robótica do mundo, disputado de 21 a 25 de junho na cidade de Bath.

A competição foi vencida pelos alunos de Jundiaí, que foram os campeões gerais. De quebra, ainda trouxeram o troféu de primeiro lugar no quesito Desempenho do Robô. A equipe de Bauru conquistou o primeiro lugar da categoria Pesquisa. “Este é o Brasil que queremos, com jovens que recebem e aproveitam as oportunidades”, disse Paulo Skaf aos alunos, professores e alguns pais que acompanhavam a recepção.

Ele ainda disse que a educação é a chave para o desenvolvimento das pessoas e que as entidades que representam a indústria paulista dão um bom exemplo ao Brasil. “Educação de qualidade impulsiona qualquer nação, pois garante o futuro das pessoas. No Sesi-SP os alunos têm oportunidades de aprender, crescer e progredir”, completou.

Para Marinaldo e Ivone Silva, pais de Nicolas da Silva, de Jundiaí, é algo gratificante ver seu filho participar de competições como essa. “A gente viu toda a dedicação e esforço deles. Sabíamos que iriam voltar com um bom resultado”, afirmou o pai. “O mais difícil foi manter o foco e a concentração”, disse Nicolas, que vê no torneio a chance de dar rumo para a sua formação. Ele afirma querer estudar mais o idioma inglês e já pensa em um curso profissionalizante do Senai-SP. “Quero continuar estudando, para um dia me tornar um engenheiro.”

Sua colega de time Julia Leite Batista também entende que o torneio proporciona oportunidades. “O objetivo do grupo sempre foi o de aprender. Quando começamos os treinos, no início da temporada, eu não sabia que minha função seria programar o robô. Mas o desejo de aprender coisas novas me motivou e o resultado está aí”, disse a integrante do Sesi Jedi’s.

Além do aspecto técnico, Julia ressalta as oportunidades culturais que os estudantes tiveram na viagem. “Tivemos tempo para conhecer alguns lugares turísticos, depois da competição, e interagir com pessoas de outros países, com costumes e culturas diferentes. Voltamos com outro olhar sobre o mundo.” Acompanhando sua filha, Geremias e Erika Batista estavam radiantes. “Eu me sinto orgulhosa da Julia e de seus colegas. Não foi nenhuma surpresa o resultado, pois é fruto de sua enorme dedicação”, disse a mãe. O pai elogiou a estrutura oferecida pelo Sesi-SP e a diferença que faz na vida dos alunos. “Temos um filho, mais velho que a Julia, que também estudou no Sesi-SP. Sua formação permitiu que ele fosse admitido na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). E sem cursinho”, comemora.

Valores humanos

Companheira de Julia, a jundiaiense Eduarda Isabel de Lima ressalta outro aspecto positivo da competição. Ela é a pessoa que organiza as ações do grupo, que apoia os colegas nas dificuldades e quem dá homogeneidade às ideias diferentes que surgem. “Aqui todos têm opinião forte, mas sempre chegamos a um consenso. A partir de duas soluções para um problema, sempre conversamos, combinamos as possibilidades e chegamos à decisão final. Tem dado certo. Sabemos respeitar as pessoas.”

Para o técnico da equipe, Clayton Rafael Ribeiro Junior, o torneio vai além dos robôs. “Eles voltam com bagagem cultural, sabendo trabalhar em grupo, com amizade e companheirismo que levarão para a vida toda”, ressalta o professor. Esse é o mesmo sentimento do técnico do time de Bauru, Paulo Roberto Fernandes. “É enriquecedor ver o trabalho e dedicação de um ano todo torná-los não apenas campeões, mas pessoas melhores. Eles se esforçam demais, colocam à prova todo o conhecimento, se apresentam em outro idioma diante de avaliadores de vários países. Vê-los brilhar não tem preço”, finaliza.

Também da equipe bauruense, a aluna Yslamaira Milaré Perin disse que a chance de participar de um torneio como esse é incrível, não apenas pela viagem, mas pelo que adquirem ao longo da temporada. “Não se trata apenas da competição, que é o final de um processo. O mais importante é o aprendizado que construímos ao longo do caminho”, pontuou a programadora.

E teve gente que venceu duas vezes. Esse é o caso de Guilherme de Abreu Silva. Apaixonado pela Inglaterra, ele sempre diz à mãe que um dia vai morar lá. “Ele voltou realizado. Foi muita emoção ver meu filho realizar esse sonho. Primeira vez no exterior e no lugar para onde ele sempre quis ir”, comemora a mãe, Vanderleia do Carmo Abreu Silva. A equipe de Guilherme ganhou o prêmio especial de melhor apresentação de pesquisa, feita toda em inglês. Conhecer a terra da rainha da Inglaterra é uma etapa cumprida. E se depender do esforço de Guilherme, voltar para lá será questão de tempo.

Para saber mais, acesse: facebook.com/roboticasesi.

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