Eles vieram diretamente do Aeroporto Internacional de Guarulhos para falar sobre sua participação no Open International United Kingdom, um dos principais torneios de robótica do mundo, disputado de 21 a 25 de junho na cidade de Bath.
A competição foi vencida pelos alunos de Jundiaí, que foram os campeões gerais. De quebra, ainda trouxeram o troféu de primeiro lugar no quesito Desempenho do Robô. A equipe de Bauru conquistou o primeiro lugar da categoria Pesquisa. “Este é o Brasil que queremos, com jovens que recebem e aproveitam as oportunidades”, disse Paulo Skaf aos alunos, professores e alguns pais que acompanhavam a recepção.
Ele ainda disse que a educação é a chave para o desenvolvimento das pessoas e que as entidades que representam a indústria paulista dão um bom exemplo ao Brasil. “Educação de qualidade impulsiona qualquer nação, pois garante o futuro das pessoas. No Sesi-SP os alunos têm oportunidades de aprender, crescer e progredir”, completou.
Para Marinaldo e Ivone Silva, pais de Nicolas da Silva, de Jundiaí, é algo gratificante ver seu filho participar de competições como essa. “A gente viu toda a dedicação e esforço deles. Sabíamos que iriam voltar com um bom resultado”, afirmou o pai. “O mais difícil foi manter o foco e a concentração”, disse Nicolas, que vê no torneio a chance de dar rumo para a sua formação. Ele afirma querer estudar mais o idioma inglês e já pensa em um curso profissionalizante do Senai-SP. “Quero continuar estudando, para um dia me tornar um engenheiro.”
Sua colega de time Julia Leite Batista também entende que o torneio proporciona oportunidades. “O objetivo do grupo sempre foi o de aprender. Quando começamos os treinos, no início da temporada, eu não sabia que minha função seria programar o robô. Mas o desejo de aprender coisas novas me motivou e o resultado está aí”, disse a integrante do Sesi Jedi’s.
Além do aspecto técnico, Julia ressalta as oportunidades culturais que os estudantes tiveram na viagem. “Tivemos tempo para conhecer alguns lugares turísticos, depois da competição, e interagir com pessoas de outros países, com costumes e culturas diferentes. Voltamos com outro olhar sobre o mundo.” Acompanhando sua filha, Geremias e Erika Batista estavam radiantes. “Eu me sinto orgulhosa da Julia e de seus colegas. Não foi nenhuma surpresa o resultado, pois é fruto de sua enorme dedicação”, disse a mãe. O pai elogiou a estrutura oferecida pelo Sesi-SP e a diferença que faz na vida dos alunos. “Temos um filho, mais velho que a Julia, que também estudou no Sesi-SP. Sua formação permitiu que ele fosse admitido na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). E sem cursinho”, comemora.
Valores humanos
Companheira de Julia, a jundiaiense Eduarda Isabel de Lima ressalta outro aspecto positivo da competição. Ela é a pessoa que organiza as ações do grupo, que apoia os colegas nas dificuldades e quem dá homogeneidade às ideias diferentes que surgem. “Aqui todos têm opinião forte, mas sempre chegamos a um consenso. A partir de duas soluções para um problema, sempre conversamos, combinamos as possibilidades e chegamos à decisão final. Tem dado certo. Sabemos respeitar as pessoas.”
Para o técnico da equipe, Clayton Rafael Ribeiro Junior, o torneio vai além dos robôs. “Eles voltam com bagagem cultural, sabendo trabalhar em grupo, com amizade e companheirismo que levarão para a vida toda”, ressalta o professor. Esse é o mesmo sentimento do técnico do time de Bauru, Paulo Roberto Fernandes. “É enriquecedor ver o trabalho e dedicação de um ano todo torná-los não apenas campeões, mas pessoas melhores. Eles se esforçam demais, colocam à prova todo o conhecimento, se apresentam em outro idioma diante de avaliadores de vários países. Vê-los brilhar não tem preço”, finaliza.
Também da equipe bauruense, a aluna Yslamaira Milaré Perin disse que a chance de participar de um torneio como esse é incrível, não apenas pela viagem, mas pelo que adquirem ao longo da temporada. “Não se trata apenas da competição, que é o final de um processo. O mais importante é o aprendizado que construímos ao longo do caminho”, pontuou a programadora.
E teve gente que venceu duas vezes. Esse é o caso de Guilherme de Abreu Silva. Apaixonado pela Inglaterra, ele sempre diz à mãe que um dia vai morar lá. “Ele voltou realizado. Foi muita emoção ver meu filho realizar esse sonho. Primeira vez no exterior e no lugar para onde ele sempre quis ir”, comemora a mãe, Vanderleia do Carmo Abreu Silva. A equipe de Guilherme ganhou o prêmio especial de melhor apresentação de pesquisa, feita toda em inglês. Conhecer a terra da rainha da Inglaterra é uma etapa cumprida. E se depender do esforço de Guilherme, voltar para lá será questão de tempo.
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