Em Três Lagoas e Cassilândia vereadores, mulheres e empresários querem impedir nas urnas a reeleição de prefeitos

Segunda, 28 Setembro 2020 09:00

Cada um dos candidatos com seus próprios cálculos de autonomia

O prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB), de Três Lagoas, talvez não acreditasse tanto que as previsões de uma disputa com muitos candidatos se concretizasse. Afinal, sobra confiança na matemática vitoriosa que vem fazendo com a coleção de apoios amealhados para a campanha pela reeleição. Todavia, o céu não está tão aberto e voos de brigadeiro são proibidos nestas épocas do ano.

O espaço que Guerreiro e seu vice, Paulo Salomão, devem cruzar, tem seis obstáculos. Cada um com seus próprios cálculos de autonomia. A professora de Medicina Kaelly Saraiva (Psol) talvez seja a mais eleitoralmente menos perigosa entre os adversários. Mas com um discurso crítico e contundente ao lado do advogado trabalhista Wanderley da Silva (PT), de vice, a chapa de esquerda promete incomodar.

Atacar o prefeito com disparos venenosos é também um dos recursos retóricos da campanha do vereador e agente da Polícia Federal Renée Venâncio (PL). Ele também é escoltado na chapa por um advogado, Aguinaldo Garcia, que é ainda economista e professor.

Renée Venâncio. Foto: Reprodução 

Dos órgãos de controle e fiscalização vem a terceira pedra no caminho de Guerreiro, o auditor fiscal da receita estadual e ex-candidato a deputado federal Fabrício Venturolli, pelo Republicanos, em aliança com o PSB de sua candidata a vice, a engenheira civil e ex-vereadora Vilma Lara.

Fabrício Venturolli e a candidata a vice Vilma Lara. Foto: Reprodução 

Pelo Avante saem o empresário Divino Lajes a prefeito e o professor universitário de Ciências Contábeis, Donizete Maciel, a vice.

O PSL, em chapa pura, lançou o tenente-coronel e ex-comandante da PM, Ênio de Souza, a prefeito, e a engenheira florestal Mariana Amaral, para vice. 

Ênio de Souza. Foto: Captura de vídeo da Rádio Caçula.

O Solidariedade homologou o jornalista Sebastião Neto para prefeito e Jhônatas Gabriel, um jovem de 25 anos, para vice, também  do partido.

Jornalista Sebastião Neto e Jhônatas Gabriel. Foto: Reprodução 

GERAÇÕES

Um interessante embate entre lideranças políticas de gerações diferentes está tornando mais atraente a sucessão em Cassilândia. São quatro as chapas que concorrem ao poder municipal e em duas se encontram representantes da antiga e da jovem política: pelo PSDB, o prefeito Jair Boni Cogo, de 72 anos, querendo seu quarto mandato, e pelo PDT o vereador Rodrigo Barbosa de Freitas, de 41.

Jair Boni Cogo e Rodrigo Barbosa de Freitas. Foto: Reprodução 

Será uma disputa histórica. Cogo conta com o apoio de todo o comando estadual tucano, desde o governador Reinaldo Azambuja e entra no tabuleiro com a pinta de quem vai fazer de tudo para ganhar o mandato que deve coroar sua despedida da política. 

Rodrigo Freitas e Rezu Ribeiro. Foto: Reprodução 

Com o vice Valdeci Pereira da Costa (Patriota), vereador e presidente da Câmara, Cogo é páreo duro. Porém não assusta Rodrigo Freitas. Vereador mais votado em 2016, tem a política no sangue: o seu pai, José Donizete de Freitas, presidente da Associação Comercial, foi prefeito cassilandense. O companheiro de chapa de Rodrigo é Rezu Ribeiro (PSB).

Fivela e Cilas Alberto. Foto: Reprodução 

Também vão brigar por seu lugar ao sol em Cassilândia outras duas candidaturas. O PSL com o ex-presidente da Câmara de Vereadores Josemar Fivela, tendo Cilas Alberto (PP) para vice. 

Ivete do Flúor e Maíza Gomes. Foto: Reprodução 

O PL, com duas mulheres à frente: Ivete do Flúor Galacini para prefeita, numa chapa com a ex-primeira-dama Maíza Gomes (MDB), esposa do ex-prefeito Carlinhos do TRR.

 

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